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Apostas para o câmbio têm ajuste com aumento de chances de vitória de Bolsonaro

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Por Claudia Violante

SÃO PAULO (Reuters) - A expectativa de que a cautela iria predominar nos mercados durante a última semana antes do primeiro turno das eleições foi substituída pela euforia nos dois últimos pregões, com uma queda do dólar ante o real, com investidores fazendo apostas mais fortes de vitória de Jair Bolsonaro (PSL) também no segundo turno da eleição presidencial.

'O mercado está rebalanceando suas probabilidades dada a surpresa com as pesquisas Datafolha e Ibope, e não ajustando cenários', explicou o economista-sênior do banco Haitong, Flávio Serrano.

Até o fim da semana passada, o quadro principal das pesquisas indicava crescimento do petista Fernando Haddad e estagnação de Bolsonaro, a ponto de o deputado do PSL perder para Haddad em alguns levantamentos de segundo turno.

Assim, o mercado entrou na reta final antes do primeiro turno precificando um segundo turno acirrado, com dificuldades de antecipar o resultado final, diante do empate entre Bolsonaro Haddad nas pesquisas até a semana passada.

O Ibope de segunda-feira mudou esse quadro --e foi confirmado pelo Datafolha na véspera-- ao mostrar uma diferença de dez pontos entre os dois candidatos no primeiro turno, de 31 a 21, e Bolsonaro numericamente à frente de Haddad no segundo turno. Além disso, a rejeição de Haddad cresceu e encostou na de Bolsonaro - ambas acima de 40 por cento.

'O mercado faz uma conta para cada candidato e, como aumentaram as chances de vitória de Bolsonaro, passou a ajustar o preço dos ativos a esse cenário', acrescentou Serrano.

O mercado tem preferência pelos candidatos com perfil mais reformista, por entender que é necessário um ajuste nas contas públicas para que a economia tenha um crescimento mais robusto sem pressão inflacionária.

'A dúvida era se o Ibope era apenas pontual ou se iria se repetir nas pesquisas seguintes... Todos os dias têm pesquisa nesta semana. E o Datafolha, ontem, mostrou a mesma coisa', disse a estrategista de câmbio do banco Ourinvest, Fernanda Consorte.

Em sua avaliação, uma possibilidade clara de vitória de Bolsonaro nas pesquisas gerou uma onda de euforia que derrubou o dólar em todas as sessões deste mês. Nesta quarta-feira, a moeda norte-americana recuou 1,20 por cento, a 3,8876 reais na venda --a menor cotação desde 14 de agosto.

Nessa reprecificação dos ativos, os especialistas consultados pela Reuters calculam um dólar ao redor de 3,70 reais, considerando que ele faria reformas, mesmo que não todas as que acreditam que um eventual governo Geraldo Alckmin (PSDB) faria. O tucano é o candidato preferido do mercado, mas não decolou nas pesquisas.

'Mas o dólar se manter nesse patamar depois das eleições (num cenário em que Bolsonaro ganhe) vai depender de outras variáveis, como o exterior e até mesmo o desenrolar do novo governo', acrescentou o sócio-gestor da gestora Leme Investimentos, Paulo Petrassi.

'O começo de um novo governo tende a ser positivo, mas é preciso ver o que será feito depois.'

Questionados pelo Banco Central na semana passada, um conjunto de mais de 100 instituições previa que o dólar encerraria o ano a 3,89 reais, segundo a pesquisa semanal Focus.

Escrito por Thomson Reuters

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