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Assange é acusado de publicar 'indiscriminadamente' nomes de fontes, dizem advogados dos EUA

Placeholder - loading - Mulher segura cartaz em defesa de Julian Assange durante ato em Londres 21/02/2024 REUTERS/Toby Melville
Mulher segura cartaz em defesa de Julian Assange durante ato em Londres 21/02/2024 REUTERS/Toby Melville

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LONDRES (Reuters) - O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, está sendo processado por publicar nomes de fontes e não por suas opiniões políticas, disseram nesta quarta-feira os advogados que representam os Estados Unidos em um julgamento de extradição, à medida que Assange luta para impedir ser enviado do Reino Unido para os EUA.

Os promotores estão tentando levar Assange, de 52 anos, a julgamento por conta da divulgação pelo WikiLeaks de grandes quantidades de documentos militares confidenciais e telegramas diplomáticos dos EUA.

Eles argumentam que os vazamentos colocaram em risco a vida de seus agentes e que não há desculpa para sua criminalidade. Os apoiadores de Assange, no entanto, o aclamam como jornalista e herói que está sendo perseguido por expor as irregularidades dos EUA.

Os advogados de Assange disseram à Alta Corte de Londres na terça-feira que o caso tinha motivação política, argumentando que Assange é alvo de sua exposição de 'crimes de nível estatal' e que Donald Trump havia solicitado 'opções detalhadas' sobre como matá-lo.

Mas, na quarta-feira, os advogados dos EUA disseram que o indiciamento de Assange foi 'baseado no estado de direito e nas evidências'.

Clair Dobbin disse ao tribunal: 'O indiciamento do recorrente pode não ter precedentes, mas o que ele fez não tem precedentes.'

Assange 'publicou indiscriminada e conscientemente para o mundo os nomes de indivíduos que atuaram como fontes de informação para os EUA', disse ela.

'São esses fatos fundamentais que distinguem a posição do recorrente do New York Times e de outros veículos', acrescentou Dobbin.

O próprio Assange também não estava no tribunal nesta quarta-feira, nem estava assistindo remotamente, porque não estava bem de saúde.

As batalhas legais do australiano começaram em 2010 e, posteriormente, ele passou sete anos abrigado na embaixada do Equador em Londres, antes de ser arrastado para fora e preso em 2019 por violar as condições de fiança.

Desde então, ele tem sido mantido em uma prisão de segurança máxima em Londres, tendo inclusive se casado lá. Em 2022, o Reino Unido finalmente aprovou sua extradição para os EUA.

O WikiLeaks ganhou destaque pela primeira vez em 2010, quando publicou um vídeo militar dos EUA que mostrava um ataque de helicópteros Apache em Bagdá, em 2007, que matou uma dúzia de pessoas, inclusive dois membros da Reuters.

Em seguida, o site divulgou milhares de arquivos secretos e telegramas diplomáticos que revelaram avaliações altamente críticas dos EUA sobre líderes mundiais, desde o presidente russo, Vladimir Putin, até membros da família real saudita.

(Por Sam Tobin)

Escrito por Reuters

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