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Autoridades do México e EUA se reúnem para discutir tarifas na Casa Branca

Placeholder - loading - 04/09/2015 REUTERS/Lucas Jackson
04/09/2015 REUTERS/Lucas Jackson

Publicada em  

Por Roberta Rampton e Richard Cowan

WASHINGTON (Reuters) - Autoridades mexicanas e norte-americanos se reuniram em Washington para negociar um acordo que impeça a imposição pelos Estados Unidos de tarifas sobre produtos mexicanos na semana que vem, mas não houve sinais imediatos de uma reaproximação entre os dois lados, que disseram que as conversas continuarão na quinta-feira.

Frustrado pela falta no progresso de uma de suas principais promessas na campanha de 2016, o presidente norte-americano, Donald Trump, disse de maneira inesperada que o México teria de tomar uma postura mais forte para impedir a imigração ilegal ou enfrentaria 5% de tarifas sobre todas as suas exportações para os EUA a partir da próxima segunda-feira. As cobranças poderiam aumentar para até 25% ao longo do ano.

O vice-presidente Mike Pence comandou a reunião na tarde de quarta-feira com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, e o ministro das Relações Exteriores do México, Marcelo Ebrard, para reafirmar a necessidade de que o México precisa fazer mais para conter o aumento do fluxo migratório de centro-americanos que tentam atravessar a fronteira do país com os EUA.

Mas com Trump na Europa até a sexta-feira para as homenagens do Dia D, uma resolução rápida não era esperada.

'As discussões sobre imigração na Casa Branca com representantes do México terminaram por hoje. O progresso está sendo feito, mas longe de ser suficiente!', disse Trump no Twitter.

'As negociações com o México serão retomadas amanhã com o entendimento de que, se nenhum acordo for alcançado, as tarifas de 5% começarão na segunda-feira, com aumentos mensais conforme o cronograma', acrescentou o presidente.

Pence esperava ouvir 'medidas tangíveis' que o governo mexicano estaria preparado para tomar 'imediatamente', disse uma autoridade da Casa Branca antes do encontro. Autoridades da Casa Branca não estavam disponíveis imediatamente após a reunião para comentar o assunto.

Se as tarifas forem implementadas, os Estados Unidos estariam em disputas comerciais com a China e o México --dois de seus três principais parceiros comerciais, uma situação que os principais grupos empresariais do país querem evitar.

O México quer impedir a eventual guerra comercial com os Estados Unidos, que segundo analistas pode levar sua economia a uma recessão, e o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, disse que está otimista de que as negociações em Washington poderão levar a um acordo. Mas seu governo também trabalha com a hipótese de que um acordo não seja atingido.

O chanceler mexicano disse que o encontro se concentrou nos fluxos migratórios e no que o México está tentando fazer para reduzi-los, em vez da ameaça relacionada às tarifas.

'Hoje não discutimos as tarifas', disse Ebrard em entrevista coletiva após suas reuniões com autoridades norte-americanas em Washington. 'O diálogo foi focado nos fluxos migratórios e no que o México está fazendo ou está propondo aos Estados Unidos, nossa preocupação com a situação centro-americana.'

Segundo autoridades na Cidade do México, López Obrador tem uma lista de produtos norte-americanos que poderiam estar sujeitos à aplicação de tarifas retaliatórias caso as tarifas dos Estados Unidos sejam aplicadas sobre os produtos mexicanos.

A lista é destinada principalmente a produtos oriundos de Estados agrícolas e industriais, considerados os principais integrantes da base eleitoral de Trump, de acordo com uma das fontes.

Com a chegada das eleições presidenciais de 2020 se aproximando, Trump enfrenta a resistência inclusive de colegas de seu partido republicano que desejam que ele chegue a um acordo e evite as tarifas. Muitos parlamentares estão preocupados com o eventual impacto das tarifas no comércio entre os dois países e o aumento de custos para empresas e consumidores norte-americanos em produtos mexicanos, desde carros e peças automotivas a cerveja e frutas.

Escrito por Reuters

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