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Economia projeta saldo comercial recorde para 2021 apesar de pior resultado em 6 anos no 1º tri

Placeholder - loading - Descarregamento de soja no Porto de Paranaguá, PR 03/12/2020 REUTERS/Rodolfo Buhrer
Descarregamento de soja no Porto de Paranaguá, PR 03/12/2020 REUTERS/Rodolfo Buhrer

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Por Gabriel Ponte

BRASÍLIA (Reuters) - O Brasil acumulou superávit de 1,648 bilhão de dólares no primeiro trimestre, o menor desde 2015, mas o governo projeta uma aceleração das exportações no ano que ajudará o saldo comercial a fechar 2021 em 89,4 bilhões de dólares, valor que seria o maior desde o início da série histórica, informou o Ministério da Economia nesta quinta-feira.

Em coletiva de imprensa virtual para comentar os dados da balança comercial de março, o secretário especial de Comércio Exterior, Lucas Ferraz, anunciou que as novas projeções do ministério apontam crescimento de 27% das exportações em comparação a 2020, totalizando 266,6 bilhões de dólares, também recorde da série histórica.

Já para as importações a previsão é de avanço de 11,6%, para 177,2 bilhões de dólares. Com isso, o saldo comercial cresceria 75% sobre 2020. Em janeiro passado, a pasta projetava que a balança comercial encerrasse o ano com superávit de 53 bilhões de dólares.

Ferraz pontuou que embasam as melhores projeções dados de relatórios internacionais que sugerem aumento do comércio mundial. A Organização Mundial do Comércio (OMC) projeta que a transação de mercadorias aumentará em 8% neste ano, após queda de 5,3% em 2020.

'Há toda uma conjuntura mais favorável. Isso, evidentemente, trazida pela perspectiva de processos de vacinação mais rápidos, mais céleres em todos países do mundo, sobretudo países desenvolvidos, e em menor escala também em países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil, que vem acelerando também seu ritmo de vacinação', disse.

De acordo com o secretário, além da expectativa de boa performance neste ano para o comércio de commodities agrícolas, as previsões são de que haja bom desempenho de bens relativos à indústria de transformação e extrativa. Ferraz justificou as expectativas com base no redirecionamento do consumo global em decorrência da Covid-19.

'Naturalmente, os consumidores passam a consumir menos serviços, que é o setor mais crítico no que tange ao combate à pandemia, já que, via de regra, ele exige contato pessoal na sua produção e na sua venda e consumo. Portanto, há tendência de consumidores de desviarem, de redirecionarem seus recursos para consumo de bens manufaturados e agrícolas.'

Especificamente sobre os bens manufaturados, Ferraz mencionou que contribuem positivamente para expectativa de maior corrente de comércio uma conjuntura econômica de baixas taxas de juros, com maior oferta de liquidez, e a expectativa de um maciço pacote fiscal nos Estados Unidos e em outras economias que possuam espaço nas contas públicas para isso.

Ferraz afirmou haver uma 'concordância de visões' em âmbito internacional que, caso haja uma extensão da pandemia da Covid-19, o impacto sobre economias tende a ser menor em razão da experiência adquirida pelos governos em 2020 com as políticas públicas lançadas à época.

Ele afirmou que a pasta não acredita, caso ocorra um impacto negativo novamente, que ele seja suficiente para reverter as trajetórias traçadas. Apesar disso, o secretário disse que os atuais dados indicam que os números do segundo trimestre tendem a ser menos 'exuberantes' em comparação aos do primeiro trimestre, em meio à escalada de casos e óbitos provocados pela pandemia da Covid-19, impactando a atividade econômica local em diversos níveis.

Em março, a balança comercial brasileira registrou superávit de 1,482 bilhão de dólares, informou o Ministério da Economia nesta quinta-feira. O resultado veio abaixo do estimado em pesquisa da Reuters com economistas, que apontava saldo positivo de 3,1 bilhões de dólares para o mês.

Em março do ano passado, a balança teve superávit comercial de 3,832 bilhões de dólares. No mês passado, as exportações somaram 24,505 bilhões de dólares, enquanto as importações foram de 23,023 bilhões de dólares.

(Por Gabriel Ponte)

Escrito por Reuters

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