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BC amplia ferramentas e oferta na 2ª até US$1 bi em dólar à vista com disparada do dólar

Placeholder - loading - Sede do Banco Central em Brasília 27/11/2019 REUTERS/Ueslei Marcelino
Sede do Banco Central em Brasília 27/11/2019 REUTERS/Ueslei Marcelino

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Por José de Castro

SÃO PAULO/BRASÍLIA (Reuters) - O Banco Central decidiu ampliar o uso das ferramentas de intervenção no mercado de câmbio e anunciou nesta sexta-feira que ofertará na próxima segunda (dia 9) até 1 bilhão de dólares em moeda à vista, após a venda de 5 bilhões de dólares em swaps cambiais não ter impedido o dólar de bater recordes seguidos em meio à crescente desconfiança do mercado com a postura da autoridade monetária diante da pressão cambial.

O leilão de dólar à vista será realizado entre 9h10 e 9h15. Desde 20 de dezembro do ano passado o BC não realizava esse tipo de operação --retomada em agosto de 2019 e que há uma década não era utilizada.

Vários analistas de mercado citaram ao longo desta semana que o BC precisaria lançar mão de outros meios de atuação cambial ou mesmo anunciar um programa de oferta de swaps para conseguir quebrar a espiral de alta do dólar, que em 12 sessões consecutivas de valorização saltou mais de 8% e renovou sucessivamente máximas históricas.

Na quinta-feira, pela primeira vez na atual sequência de apreciação do dólar, a disparada da cotação contaminou outros mercados brasileiros, com as taxas de juros futuros de longo prazo mostrando forte aumento de prêmio, movimento que poderia gerar aperto de condições financeiras.

Ao recorrer aos leilões de dólar à vista no ano passado, o BC informou à época que realizaria as operações para troca de posição com swap cambial, justificando que a demanda do mercado por moeda estava mais notável no mercado à vista, e não mais no futuro --onde o swap atua.

Entre agosto e dezembro de 2019, o BC colocou no mercado um total de 36,860 bilhões de dólares em moeda física.

O fluxo cambial na ocasião seguia bastante negativo --fechou 2019 com saída recorde de mais de 44 bilhões de dólares--, e as saídas líquidas de moeda persistem em 2020, com déficit de 4,792 bilhões de dólares.

O reforço na atuação do BC para conter a volatilidade no dólar ficou mais claro nesta sexta, quando a autoridade monetária vendeu de uma vez 2 bilhões de dólares em contratos de swap cambial.

No fim do dia, o dólar à vista caiu 0,36%, a 4,6344 reais na venda, pondo fim a uma série de 12 altas consecutivas. Ainda assim, a cotação fechou a semana com ganho de 3,42%, o mais forte desde novembro de 2019.

No horário em que o BC realizará a oferta de dólar à vista na segunda-feira, o diretor de Política Monetária da instituição, Bruno Serra Fernandes, estará em evento em São Paulo, com expectativa de que explique e dê mais detalhes sobre as intervenções no câmbio e a avaliação do BC sobre a alta do dólar.

(Reportagem adicional de Marcela Ayres)

Escrito por Reuters

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