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BC tem que entender que país mudou de governo, diz líder governista na Câmara

Placeholder - loading - Guimarães (primeiro à direita), ao lado de Lula e outros líderes do governo no Congresso 29/12/2022 REUTERS/Adriano Machado
Guimarães (primeiro à direita), ao lado de Lula e outros líderes do governo no Congresso 29/12/2022 REUTERS/Adriano Machado

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Por Eduardo Simões

(Reuters) - O líder do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), disse nesta quinta-feira que o Banco Central precisa entender que o Brasil tem uma nova gestão e que há uma nova política econômica em curso no país.

Em entrevista à CNN Brasil, Guimarães fez coro às críticas de Lula ao atual patamar da taxa de juros, de 13,75% ao ano, e disse considerar uma 'boa ideia' chamar o presidente do BC, Roberto Campos Neto, para debater o tema no Congresso. Ao mesmo tempo, o líder disse que a independência formal do Banco Central, prevista em lei, não está em discussão.

'A política econômica é que deve orientar os agentes econômicos e a autoridade monetária há que considerar isso, ela não está acima da lei, não é uma coisa apartada da realidade econômica do país, da realidade social', disse o líder à emissora.

'A autoridade monetária tem que conviver e saber mesclar, compreender que o Brasil tem outro governo, é outro programa que foi eleito, são outras diretrizes, não é o modelo anterior', acrescentou.

Campos Neto foi indicado para a presidência do BC pelo então ministro da Economia, Paulo Guedes, na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, derrotado por Lula na eleição presidencial de outubro. Com a aprovação da independência formal do Banco Central pelo Congresso, Campos Neto assumiu mandato que termina no final de 2024.

Guimarães negou que o governo Lula esteja buscando a revogação da autonomia do BC e também rejeitou a ideia de que a proximidade de Campos Neto com Bolsonaro e seus apoiadores seja a motivação das críticas do atual governo à atuação do BC.

'O que nos incomoda é a taxa de juros na estratosfera. Isso incomoda. Não é se o presidente do Banco Central, que tem mandato, foi em uma reunião ou apoia A ou B', disse.

'Não está em discussão a autonomia ou não autonomia do Banco Central, intervenção no Banco Central. Não, o debate que nós precisamos fazer é qual é a política de juros compatível com a realidade econômica do país.'

O líder disse ainda que a reforma tributária será fundamental para estabilizar a economia e reiterou fala do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que pretende apresentar ao Congresso Nacional em abril uma proposta de novo arcabouço fiscal para o país.

INEXEQUÍVEL

Na mesma linha do líder governista, a presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann, disse à CNN na tarde desta quinta não ver uma justificativa razoável para o atual patamar da taxa de juros, além de considerar a atual meta de inflação 'inexequível'.

Ponderou, ainda que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem publicamente declarado sua intenção de enviar o novo arcabouço fiscal neste semestre e tem colocado a reforma tributária como uma prioridade.

'Por que que não há um aceno para que a gente possa fazer com que o país recupere? Aí o Banco Central resolve manter a taxa de juro de 13,75% e diz que vai deixar até o final do ano. Isso é um crime contra o Brasil, não leva em consideração nada, nem os esforços que vão ser feitos pelo governo', disse a presidente petista à emissora.

'Temos um mês de governo, já querem que apresente todos os projetos possíveis. Acabamos de ter que recompor o orçamento do Bolsonaro, que não tinha como continuar pagando o Bolsa Família, continuar pagando vacina', argumentou.

(Reportagem adicional de Maria Carolina Marcello)

Escrito por Reuters

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