Bola está com o Parlamento, diz Bolsonaro sobre texto da reforma da Previdência
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(Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro evitou neste sábado tomar partido em relação ao entrevero envolvendo seu ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM/RJ), sobre o relatório da reforma da Previdência apresentado nesta semana no Congresso Nacional.
'A bola está com o Parlamento', disse Bolsonaro a jornalistas na frente do Palácio da Alvorada, ao ser questionado sobre a troca de farpas envolvendo Guedes e Maia. 'A gente orienta de uma forma. Se perder no voto, a gente vai respeitar o Parlamento'.
Na sexta-feira, Guedes fez duras críticas ao parecer apresentado pelo relator, Samuel Moreira (PSDB-SP), e disse que os deputados 'abortaram' a reforma da Previdência se o projeto autorizado pelo relatório, que prevê uma economia menor do que a prevista na proposta original, for aprovado.
Mais tarde, Maia afirmou que não ia 'dar bola' para as agressões que Guedes fez ao Parlamento.
'Na democracia não é o que um quer. Na democracia é o coletivo. São 513 deputados eleitos. A sociedade está representada', afirmou o presidente da Câmara.
Nas declarações deste sábado, Bolsonaro defendeu o plano de Guedes, argumentando que a proposta original permitiria que o país possa sair da crise econômica de forma mais consistente, e não apenas por alguns anos.
'O meu governo está garantido, a crise virá a partir de 2023, 2024', disse o presidente. 'A gente não quer deixar para o futuro governo que nos suceder essa dor de cabeça da previdência'.
No entanto, Bolsonaro ponderou que o Congresso não tem obediência cega a nenhum presidente e reforçou ser importante que a proposta de reforma seja votada rapidamente.
Escrito por Reuters
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