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Bolsonaro diz que países da região vão discutir Amazônia; volta a cobrar desculpas de Macron

Placeholder - loading - Incêndio na floresta amazônica perto de Porto Velho 27/08/2019 REUTERS/Ricardo Moraes
Incêndio na floresta amazônica perto de Porto Velho 27/08/2019 REUTERS/Ricardo Moraes

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Por Lisandra Paraguassu

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta quarta-feira a realização de uma reunião para tratar de políticas para a Amazônia entre os países da região, com exceção da Venezuela, que deve acontecer em setembro na Colômbia, e voltou a criticar a França por uma oferta de ajuda de 20 milhões de dólares.

Bolsonaro também revelou, após breve encontro com o presidente do Chile, Sebastian Piñera, que o Brasil aceitou receber quatro aviões chilenos para ajudar no combate às queimadas na Amazônia.

Segundo o presidente, o encontro entre países da região amazônica deve ocorrer no dia 6 de setembro na cidade colombiana de Letícia, na fronteira com o Estado do Amazonas.

Em uma declaração conjunta, os dois líderes disseram que os desafios ambientais devem ser enfrentados respeitando a 'soberania nacional' e que cada país deve ter controle sobre o 'uso racional e sustentável de seus recursos naturais, em harmonia com suas obrigações ambientais e com as necessidades de seus cidadãos, incluindo suas populações indígenas'.

Também destacaram como 'valioso e importante' o uso da cooperação bilateral e do apoio financeiro internacional para lidar com a crise.

Piñera, que tem um relacionamento próximo com Bolsonaro, visitou Brasília em seu retorno de uma cúpula do G7 na França, onde participou como representante rotativo da América Latina.

O Chile também realizará a cúpula climática da ONU COP25 em dezembro, após substituir o Brasil que era o anfitrião original depois da eleição de Bolsonaro.

Bolsonaro também voltou a dizer que só conversará com o governo francês sobre ajuda à Amazônia se o presidente do país, Emmanuel Macron, se retratar por tê-lo chamado de mentiroso e por ter “relativizado a soberania brasileira na Amazônia”.

Bolsonaro já tinha exigido desculpas de Macron na véspera para aceitar a ajuda de 20 milhões de dólares que o G7 ofereceu ao Brasil, mas ao longo do dia, criticado por parlamentares e pressionado pelos governadores da região, disse que aceitaria o dinheiro com a condição de o Brasil decidir onde e como seria usado.

“No tocante ao governo francês, o fato de me chamar de mentiroso e por duas vezes ter dito que a soberania do Brasil tem que ser relativizada, somente depois de ter se retratado do que falou sobre a minha pessoa, que representa o Brasil, e bem como o espírito patriótico do povo brasileiro, que não aceita essa relativização da soberania da Amazônia. Em havendo isso, daí sem problemas voltamos a conversar', disse Bolsonaro depois de encontro com Piñera.

Bolsonaro também voltou a criticar Macron, a quem acusou de querer “se capitalizar” aparecendo como único defensor da Amazônia.

“Essa inverdade do Macron ganhou força porque ele é de esquerda e eu sou de centro-direita', disse Bolsonaro.

Ao ser lembrado que, na verdade, o presidente francês pertence a uma coalizão de centro na França, Bolsonaro respondeu ao jornalista que, para ele, Macron não era e, irritado, encerrou a entrevista.

Depois de uma reunião com o presidente paraguaio Mario Abdo também nesta quarta-feira, o chileno Piñera comentou sobre a necessidade de construir infraestrutura em toda a região para combater incêndios florestais cada vez mais prevalentes na América do Sul.

Piñera disse que o novo bloco regional Prosur poderia contribuir nesse sentido.

(Reportagem adicional de Jamie McGeever, em Brasília; Aislinn Laing, em Santiago; e Daniela Desantis, em Assunção)

Escrito por Reuters

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