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Bolsonaro reconhece vitória de Biden e cumprimenta presidente eleito dos EUA

Placeholder - loading - Presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto 26/11/2020 REUTERS/Adriano Machado
Presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto 26/11/2020 REUTERS/Adriano Machado

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Por Lisandra Paraguassu

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro reconheceu nesta terça-feira o democrata Joe Biden como presidente eleito dos Estados Unidos e o cumprimentou pela eleição, 35 dias depois da vitória do democrata sobre o presidente Donald Trump e somente depois da confirmação na véspera pelo Colégio Eleitoral dos EUA.

Em telegrama diplomático enviado pelo Itamaraty, e depois repetido em suas redes sociais, Bolsonaro foi um dos últimos líderes mundiais a reconhecer a eleição de Biden.

'Saudações ao presidente Joe Biden, com meus melhores votos e a esperança de que os EUA sigam sendo 'a terra dos livres e o lar dos corajosos'', disse Bolsonaro.

'Estarei pronto a trabalhar com V. Exa. e dar continuidade à construção de uma aliança Brasil-EUA, na defesa da soberania, da democracia e da liberdade em todo o mundo, assim como na integração econômico-comercial em benefício dos nossos povos', acrescentou.

Além de Bolsonaro, apenas os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e do México, Andrés Manuel López Obrador, ainda não haviam cumprimentado Biden até a reunião do Colégio Eleitoral, entre os principais países do mundo. Com a definição pelo Colégio Eleitoral, na segunda-feira, ambos informaram esta manhã que haviam enviado seus cumprimentos a Biden.

Antes da divulgação oficial pelo governo, questionado pelo jornalista José Luiz Datena, da TV Band, em entrevista por telefone, Bolsonaro informou que tinha acabado de autorizar o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, a enviar a mensagem a Biden. Admitiu, ainda, que depois do resultado no Colégio Eleitoral, não poderia questionar mais o resultado.

'Já que agora os delegados reconheceram que ele realmente foi eleito, eu não vou discutir mais a questão se houve ou não uma eleição tranquila lá. Não cabe mais eu falar absolutamente mais nada. Esperei o reconhecimento e nós aqui já fizemos o comunicado agora há pouco', disse.

O presidente resistiu a reconhecer a eleição do democrata ainda esperando uma reviravolta no resultado por uma das várias ações judiciais impetradas por Trump, sem sucesso. Mesmo sem evidências de fraudes, Bolsonaro comprou o discurso do republicano --de quem sempre se declarou um admirador-- e chegou a dizer que tinha ouvido de 'fontes' nos Estados Unidos que teria havido 'muita fraude por lá'.

Sem querer admitir a derrota, Bolsonaro informou a auxiliares que cumprimentaria Biden apenas com o resultado oficial do Colégio Eleitoral.

Agora, o governo brasileiro tenta abrir pontes com o novo governo norte-americano, e há rumores no Itamaraty de mudanças tanto do chanceler, Ernesto Araújo, quanto do embaixador em Washington, Nelson Foster, de acordo com uma fonte ouvida pela Reuters.

Na entrevista a Datena, Bolsonaro demonstrou o interessem em tentar manter uma boa relação com os EUA, mesmo tendo criticado Biden por diversas vezes durante a campanha e ter torcido abertamente por Trump.

'Da minha parte, e da parte dele com toda certeza, o americano é pragmático, nós vamos fazer um trabalho de cada vez mais aproximação', disse.

Bolsonaro lembrou que tinha uma 'ótima relação' com Trump e afirmou que o Brasil avançou e conseguiu 'algumas coisas' do governo norte-americano -- apesar de, na prática, o país ter feito mais concessões comerciais aos EUA e ter recebido pouco em troca.

'O que o americano tinha do Brasil era sempre uma política um tanto quanto agressiva. Alguns presidentes, quase todos anteriores, né, chamando de imperialista, colocando neles a culpa de tudo de ruim que acontecia no mundo, e não é assim', disse Bolsonaro a Datena. 'Avançamos, conseguimos alguma coisa com governo Trump, e eu espero que com o Biden agora, se tudo der certo.'

No entanto, Biden provavelmente assumirá uma posição mais dura em relação ao Brasil em áreas como meio ambiente, direitos humanos e comércio, possivelmente deixando Bolsonaro isolado no cenário global.

Escrito por Reuters

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