Casa Branca pressiona Israel para permitir entrada de mais caminhões de auxílio em Gaza
Publicada em
Por Andrea Shalal e Doina Chiacu
WASHINGTON (Reuters) - A Casa Branca saudou nesta segunda-feira a chegada de mais de 300 caminhões de auxílio humanitário em Gaza no último domingo, mas disse que está pressionando Israel para aumentar a quantidade para 350 por dia, enquanto negociações continuam por um acordo para cessar-fogo e pela libertação dos reféns.
O porta-voz da Casa Branca, John Kirby, disse que o diretor da CIA, William Burns, esteve no Cairo durante o fim de semana para uma séria rodada de negociações pela libertação dos reféns mantidos em Gaza pelo grupo militante palestino Hamas e que o Hamas está neste momento revisando uma nova proposta.
Os Estados Unidos esperam forjar um acordo que incluiria um cessar-fogo de cerca de seis semanas na ofensiva de seis meses de Israel para destruir o Hamas no enclave palestino.
Questionado se havia motivo para otimismo sobre um acordo pelos reféns, Kirby afirmou aos repórteres: “Deveria ser óbvio, apenas pela quantidade de diplomacia que estamos fazendo e que nossos correspondentes estão fazendo, que estamos levando isso muito, muito a sério. E realmente queremos chegar um acordo sobre os reféns o mais rápido possível”.
O Hamas matou 1.200 pessoas em um massacre no sul de Israel em 7 de outubro, segundo as contagens israelenses. Mais de 33.000 palestinos foram mortos na resposta de Israel, disse o Ministério da Saúde de Gaza, governada pelo Hamas, nesta segunda-feira. O Exército de Israel afirma que mais de 600 dos seus soldados foram mortos em combate.
Kirby disse que Washington quer ver um ritmo constante de 300 a 350 caminhões de auxílio humanitário entrando em Gaza todos os dias e proteções melhores a trabalhadores humanitários, após os ataques aéreos de Israel matarem seis funcionários da Cozinha Central Mundial na semana passada.
“Obviamente, precisamos que esse número aumente e precisamos que isso seja sustentado para realmente lidar com a terrível situação humanitária”, afirmou.
(Reportagem de Andrea Shalal e Doina Chiacu)
Escrito por Reuters
SALA DE BATE PAPO