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Chefe da ONU pede que mundo não ceda à 'ganância nua e crua' dos interesses dos combustíveis fósseis

Placeholder - loading - Secretário-geral da ONU, António Guterres 19/09/2023 REUTERS/Brendan McDermid
Secretário-geral da ONU, António Guterres 19/09/2023 REUTERS/Brendan McDermid

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Por Valerie Volcovici

(Reuters) - O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, disse a uma cúpula de líderes climáticos na Assembleia Geral da ONU, nesta quarta-feira, que o tempo está se esgotando para enfrentar a mudança climática, graças, em parte, à 'ganância nua e crua' dos interesses dos combustíveis fósseis.

Com a cúpula anual da ONU sobre o clima, a COP28, prevista para novembro e dezembro em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, Guterres implorou às autoridades nacionais que intensifiquem os esforços para eliminar gradualmente o uso de combustíveis fósseis que causam o aquecimento do clima.

'A mudança dos combustíveis para os renováveis está acontecendo, mas estamos décadas atrasados', disse Guterres no início da cúpula de um dia. 'Precisamos recuperar o tempo perdido com o atraso, a queda de braço e a ganância de interesses que lucram bilhões com os combustíveis fósseis.'

'Muitas das nações mais pobres têm todo o direito de estar com raiva -- com raiva por estarem sofrendo mais com uma crise climática que não fizeram nada para criar, com raiva porque o financiamento prometido não se materializou e com raiva porque seus custos de empréstimo estão altíssimos', disse Guterres.

Guterres espera que a minicúpula de um dia da ONU inspire mais investimentos e ações de países e empresas para alinhar seus planos climáticos com a meta global de atingir emissões líquidas zero até 2050.

O presidente do Quênia, William Ruto, pediu a criação de um imposto universal sobre o comércio de combustíveis fósseis, taxas sobre a aviação e emissões marítimas e transações financeiras para arrecadar trilhões de dólares. 'Nem a África nem o mundo em desenvolvimento precisam de caridade dos países desenvolvidos', disse Ruto.

A cúpula climática também contou com a participação de várias instituições financeiras internacionais, incluindo a seguradora global de viagens Allianz, agências multilaterais de empréstimo, incluindo o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional, bem como Londres e o estado norte-americano da Califórnia.

Um relatório da ONU deste mês afirmou que as atuais promessas de emissões são insuficientes para manter a temperatura média global em 1,5 grau Celsius além da média pré-industrial. Mais de 20 gigatoneladas de reduções adicionais de CO2 serão necessárias nesta década -- e emissão líquida zero global até 2050 -- para atingir as metas.

Escrito por Reuters

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