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China libera exportação de insumos da CoronaVac ao Brasil, diz Bolsonaro

Placeholder - loading - Caixas da CoronaVac 04/09/2020 REUTERS/Thomas Peter
Caixas da CoronaVac 04/09/2020 REUTERS/Thomas Peter

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Por Ricardo Brito

BRASÍLIA (Reuters) - A China liberou a exportação de 5.400 litros de insumos para a produção no Brasil da vacina CoronaVac, e a carga já está pronta para envio ao país, afirmou o presidente Jair Bolsonaro, nesta segunda-feira, em publicação nas redes sociais, acrescentando que o material chegará nos próximos dias.

Bolsonaro afirmou ainda que os insumos para a vacina da AstraZeneca, que são aguardados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para iniciar produção do imunizante, 'estão com liberação acelerada'.

Na postagem, Bolsonaro agradeceu a 'sensibilidade' do governo chinês.

Em vídeo publicado também em uma rede social após o presidente, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que a continuidade do recebimento dos insumos para a fabricação de vacinas pelo Instituto Butantan 'voltou à normalidade' graças à ação diplomática do governo federal com o governo chinês.

'A previsão de chegada dos insumos é até o final desta semana, garantindo, com isso, a continuidade da fabricação e distribuição das vacinas', acrescentou.

O Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo e que trabalha no desenvolvimento da CoronaVac no país, e a Fiocruz, ligada ao ministério, esperam a chegada desses insumos da China para deslanchar a fabricação de vacinas no país.

Por trás, há uma disputa entre Bolsonaro e o governador de São Paulo, João Doria, na corrida pela vacinação no país. O Brasil começou a vacinação emergencial contra Covid-19 com a CoronaVac, vacina que o presidente chegou a ironizar e minimizar a sua eficácia.

Quase uma semana depois é que se começou a vacinação com o imunizante da AstraZeneca , que era a principal aposta do governo federal, mas cuja produção pela Fiocruz atrasou devido à demora da China para o envio de insumos.

Mais cedo, Doria anunciou que terá uma reunião com representantes da diplomacia chinesa na terça e a intenção era fazer o anúncio de novos lotes da vacina desenvolvida pela chinesa Sinovac.

Em nota, a assessoria do governador de São Paulo disse que o governo federal não teve participação na liberação dos insumos chineses para a vacina do Butantan.

'Não é verdade o que disse o presidente Bolsonaro em redes sociais, de que a importação de insumos da China foi uma realização do governo federal', afirmou.

Segundo a nota, todo o processo para a liberação dos insumos foi feito pelo instituto e o governo paulista, cujas negociações ocorrem desde maio do ano passado. 'Esta negociação é continua e nunca foi interrompida, mesmo quando o governo federal através do presidente da República, anunciou publicamente em mais de uma ocasião que não iria adquirir a vacina por causa de sua origem chinesa'.

Após a postagem de Bolsonaro, o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, respondeu também por meio de rede social que a 'China está junto com o Brasil na luta contra a pandemia e continuará a ajudar o Brasil neste combate dentro do seu alcance'.

MILHÕES DE VACINAS

Os 5.400 litros de insumos para envase da CoronaVac no país vão permitir a produção de mais 5,4 milhões de doses desse imunizante. O diretor-presidente do Butantan, Dimas Covas, já havia dito na semana passada que contava com o recebimento desse lote até o final deste mês.

Segundo Dimas Covas, ainda há outra carga para o envase de outras 5,6 milhões de doses restantes até 10 de fevereiro, perfazendo dessa forma insumos para 11 milhões de doses dessa vacina.

O país já conta com mais de 10 milhões de doses da CoronaVac autorizadas para uso emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), tanto importadas prontas da China quanto doses envasadas pelo Butantan.

Em relação à liberação pela China dos insumos para a vacina da AstraZeneca, a Fiocruz tinha informado mais cedo que espera para 8 de fevereiro a chegada do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) do imunizante a ser exportado pelo país asiático.

A data, se confirmada, deve atrasar ainda mais o envase e distribuição das vacinas no Brasil. A previsão inicial da Fiocruz era ter o primeiro 1 milhão de doses do imunizante pronto até 12 de fevereiro, mas a fundação já havia adiado o cronograma para o início de março, depois que o IFA não chegou no início de janeiro.

Para a entrega no início de março, a Fiocruz contava em receber o IFA no dia 23 deste mês, e o atraso de mais duas semanas deverá levar a entrega do primeiro 1 milhão de doses ao Ministério da Saúde para a segunda quinzena de março.

O governo federal tem um acordo para receber 100,4 milhões de doses de vacina da AstraZeneca, a serem preparadas e envasadas na Fiocruz. Até o momento, houve somente a importação de 2 milhões de doses prontas desse imunizante que vieram da Índia.

Escrito por Reuters

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