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Cientistas mantêm 'Relógio do Juízo Final' mais próximo da meia-noite

Placeholder - loading - Sistema de mísseis balísticos intercontinentais russo Yars em desfile militar no Dia da Vitória, na Praça Vermelha, centro de Moscou, Rússia 09/05/2023 Sputnik/Gavriil Grigorov/Pool via REUTERS
Sistema de mísseis balísticos intercontinentais russo Yars em desfile militar no Dia da Vitória, na Praça Vermelha, centro de Moscou, Rússia 09/05/2023 Sputnik/Gavriil Grigorov/Pool via REUTERS

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Por Will Dunham

WASHINGTON (Reuters) - Cientistas atômicos mantiveram nesta terça-feira o seu 'Relógio do Juízo Final' na posição mais próxima da meia-noite que já esteve, citando ações da Rússia com armas nucleares em sua invasão na Ucrânia, a guerra de Israel -- também detentor de arma nuclear -- em Gaza e piores condições climáticas como fatores que impulsionam o risco de catástrofe global.

Assim como no ano passado, o Boletim dos Cientistas Atômicos colocou o relógio a 90 segundos da meia-noite, que é o ponto teórico da aniquilação.

Os cientistas acertam o relógio com base em riscos 'existenciais' à Terra e à sua população: ameaças nucleares, mudanças climáticas e tecnologias como inteligência artificial e nova biotecnologia.

'Pontos de conflito ao redor do mundo carregam a ameaça de escalada nuclear, as mudanças climáticas já estão causando morte e destruição e tecnologias disruptivas como IA e pesquisa biológica avançam mais rápido do que suas proteções', disse à Reuters a presidente e CEO do Boletim, Rachel Bronson, acrescentando que o relógio estar igual ao ano passado 'não é uma indicação de que o mundo está estável'.

A organização sem fins lucrativos de Chicago criou o relógio em 1947 durante as tensões da Guerra Fria após a Segunda Guerra Mundial para alertar o público sobre quão próxima a humanidade estava de destruir o mundo.

O boletim afirmou nesta terça-feira que tendências perigosas continuam apontando para a catástrofe, incluindo o fato de China, Rússia e Estados Unidos estarem gastando grandes quantidades de dinheiro para expandir ou modernizar seus arsenais nucleares, aumentando o risco de guerra nuclear por um equívoco ou erro de cálculo.

A invasão de larga escala da Rússia à Ucrânia, perto de seu segundo aniversário no próximo mês, elevou as tensões com o Ocidente aos patamares mais perigosos desde a Guerra Fria.

'Um fim durável da guerra da Rússia na Ucrânia parece distante e o uso de armas nucleares pela Rússia naquele conflito continua sendo uma possibilidade séria. Ano passado, a Rússia enviou vários sinais nucleares preocupantes', afirmou Bronson.

A CEO do Boletim citou a decisão do presidente russo, Vladimir Putin, em fevereiro de 2023, de suspender a participação da Rússia no tratado New START com os Estados Unidos que limitava os arsenais estratégicos nucleares dos dois países. EUA e Rússia possuem quase 90% das ogivas nucleares do mundo, o suficiente para destruir o planeta várias vezes.

Bronson também citou o anúncio de Putin, em março de 2023, sobre o posicionamento de armas nucleares táticas da Rússia em Belarus e a aprovação pelo Parlamento russo, em outubro de 2023, de uma lei que removeu a ratificação a tratado global que proíbe testes de armas nucleares.

O analista russo Sergei Karaganov também falou no ano passado sobre a necessidade de ameaça de ataques nucleares na Europa para intimidar e deixar os inimigos de Moscou 'sóbrios'.

Israel está em guerra com o Hamas desde que o grupo islâmico palestino, sediado em Gaza, atacou o sul de Israel em outubro de 2023.

'Como um Estado nuclear, as ações de Israel são claramente relevantes para a discussão do 'Relógio do Juízo Final'. É especialmente preocupante que o conflito possa se ampliar para a região, criando uma guerra convencional maior e atraindo mais potências nucleares ou quase nucleares', disse Bronson.

Mudanças climáticas também foram acrescentadas como um fator para o acerto do relógio em 2007.

'Em 2023, o mundo entrou em território desconhecido, passando pelo seu ano mais quente já registrado e com emissões de gases do efeito estufa continuando a crescer', disse a CEO do Boletim.

'As temperaturas das superfícies marítimas do mundo e do Atlântico Norte quebraram recordes, e o mar da Antártica atingiu sua menor extensão diária desde o advento dos dados de satélite.'

(Reportagem de Will Dunham)

Escrito por Reuters

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