Colômbia suspende cessar-fogo com ELN após grupo rebelde rejeitar esforço
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Por Luis Jaime Acosta
BOGOTÁ (Reuters) - A Colômbia cancelou um cessar-fogo com os rebeldes do Exército de Libertação Nacional (ELN) nesta quarta-feira, depois que o grupo guerrilheiro de esquerda disse que não concordava em interromper os combates.
A reversão menos de quatro dias após o anúncio é um revés nos planos do presidente Gustavo Petro de levar a paz ao país andino após quase 60 anos de conflito que já matou mais de 450.000 pessoas.
Petro, ele próprio um ex-rebelde, anunciou o cessar-fogo de seis meses no final da véspera de Ano Novo, incluindo também gangues criminosas como o Clan del Golfo e grupos dissidentes dirigidos por ex-membros dos agora desmobilizados rebeldes das Farc.
Mas na terça-feira o ELN disse que o cessar-fogo era uma proposta a ser discutida nas negociações de paz em curso com o governo e não estava em vigor.
O ELN levantou a importância de um cessar-fogo bilateral em várias ocasiões, disse o ministro do Interior, Alfonso Prada, a jornalistas em uma entrevista coletiva, e os rebeldes pediram ao governo que respondesse ao cessar-fogo unilateral de Natal com um esforço bilateral.
'Sob esse entendimento, o governo colombiano declarou o cessar-fogo bilateral', disse Prada. 'Mas diante da posição assumida publicamente ontem, segundo a qual o protocolo do referido cessar-fogo deveria ser levado à mesa de negociações, decidimos suspender.'
O governo pediu ao ELN que declare uma trégua verificável enquanto a questão é discutida nas negociações, cuja próxima rodada deve ocorrer no México, disse Prada.
'Só quando tivermos as condições dos protocolos totalmente acordadas poderemos levantar a suspensão', disse, acrescentando entretanto que os militares e a polícia podem continuar a sua ofensiva contra os rebeldes.
Prada afirmou que o cessar-fogo continua em vigor com os outros quatro grupos --dissidentes das Farc conhecidos como Estado Mayor Central e Segunda Marquetalia; o Clan del Golfo; e as Autodefesas de Sierra Nevada.
O governo de Petro tem dito que conversará com grupos armados de todos os tipos para buscar acordos de paz ou pactos de rendição.
Escrito por Reuters
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