Com possível nova candidatura, Putin falará aos russos em 14 de dezembro
Com possível nova candidatura, Putin falará aos russos em 14 de dezembro
Reuters
30/11/2023
Por Dmitry Antonov e Andrew Osborn
MOSCOU (Reuters) - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, realizará sua coletiva de imprensa anual e responderá às perguntas do público em 14 de dezembro, informou o Kremlin nesta quinta-feira, fomentando as especulações de que ele usará o evento para anunciar que buscará um mandato de mais seis anos no poder.
No cargo de presidente ou primeiro-ministro desde 1999, Putin ainda não disse se concorrerá em uma eleição presidencial em março do próximo ano, mas é amplamente esperado que isso ocorra.
Seis fontes disseram à Reuters neste mês que Putin havia decidido concorrer, o que poderia mantê-lo no poder até pelo menos 2030.
O chefe do Kremlin sentiu que deveria conduzir a Rússia durante o período mais perigoso das últimas décadas, disseram eles, numa referência à guerra do país na Ucrânia e ao que Putin apresenta como a luta existencial de Moscou com o Ocidente por uma nova ordem mundial.
O líder do Partido Comunista, Gennady Zyuganov, disse na terça-feira que a câmara alta do Parlamento russo, o Conselho da Federação, anunciará oficialmente a data da eleição presidencial de março em 13 de dezembro -- um passo que marca o início da campanha aberta.
A coletiva de imprensa de Putin ocorrerá um dia depois.
'No dia 14 de dezembro, Vladimir Putin fará um resumo dos resultados do ano', disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, aos repórteres.
De acordo com a lei russa, a câmara alta do Parlamento deve anunciar a data exata pelo menos 100 dias antes da votação. O dia da eleição é amplamente visto em 17 de março.
Putin, de 71 anos, recebeu a Presidência das mãos de Boris Yeltsin no último dia de 1999 e está chegando ao fim de seu quarto mandato presidencial.
Somente Josef Stalin, que governou a União Soviética de 1924 até sua morte, em 1953, ficou no cargo por mais tempo desde a queda da dinastia czarista Romanov, em 1917.
Diplomatas dizem que não há nenhum rival sério que possa ameaçar as chances de Putin nas urnas, caso ele se candidate novamente.
Reuters

