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Desaceleração dos mercados emergentes atingiu menor nível em 2022, mas riscos permanecem, diz FMI

Placeholder - loading - Mercado em Calcutá, Índia 14/12/2021. REUTERS/Rupak De Chowdhuri/Files
Mercado em Calcutá, Índia 14/12/2021. REUTERS/Rupak De Chowdhuri/Files

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Por Rodrigo Campos

NOVA YORK (Reuters) - O Fundo Monetário Internacional elevou na segunda-feira sua estimativa de crescimento da produção nos mercados emergentes para este ano, com projeções agora mostrando que a desaceleração econômica na região pode ter atingido o nível mais baixo em 2022, devido à reabertura da China, uma Índia resiliente e crescimento inesperado na Rússia.

Em sua atualização mais recente do relatório Perspectiva Econômica Global, o FMI vê o crescimento nos mercados emergentes e nas economias em desenvolvimento em 4% em 2023, 0,3 ponto percentual acima da projeção de outubro e 0,1 ponto percentual acima da estimativa de 3,9% para 2022. Para 2024, a projeção é de expansão de 4,2%.

A inflação, um obstáculo recente ao crescimento, é considerada alta, embora continue a desacelerar neste ano e no próximo. As economias emergentes e em desenvolvimento devem ter registrado aumentos de preços de 9,9% em 2022, desacelerando para 8,1% em 2023 e 5,5% em 2024, ainda acima da média de 4,9% do período de 2017 a 2019.

Liderando a taxa de crescimento em 2023, a estimativa para a Índia segue sendo de mais de 6% neste ano e no próximo, enquanto a revisão para cima da China em 0,8 ponto percentual a coloca no caminho para um crescimento acima de 5% este ano.

'Se olharmos para a China e a Índia juntas, elas respondem por cerca de 50% do crescimento mundial em 2023... portanto uma contribuição muito significativa', disse Pierre-Olivier Gourinchas, economista-chefe e diretor do departamento de pesquisa do FMI.

A Rússia, por outro lado, registrou um aumento de 2,6 pontos percentuais na projeção de crescimento para 2023, o que se traduz em uma estimativa de expansão de 0,3% neste ano. É de longe a maior revisão positiva entre as maiores economias.

As revisões para a Rússia se devem principalmente a uma receita de exportação 'bastante alta' no ano passado, bem como a um estímulo fiscal forte de Moscou, parcialmente em gastos militares. No entendo, no médio prazo, ainda há uma forte queda na previsão de produção para a Rússia ligada à invasão da Ucrânia.

As expectativas para 2023 de Brasil e México, as maiores economias da América Latina, foram revisadas para cima em 0,2 e 0,5 ponto percentual, respectivamente. Para a América Latina e Caribe, o aumento geral na estimativa de crescimento foi de apenas 0,1 ponto percentual, para 1,8%.

Apesar da expectativa de crescimento mais rápido nos próximos anos para os mercados emergentes, quando considerados individualmente cerca de metade dessas economias tem projeções de crescimento em 2023 menores do que a estimativa para 2022, segundo o FMI.

As estimativas vêm com o pano de fundo de um ligeiro aumento nas perspectivas de crescimento global para 2023, auxiliado pela demanda 'surpreendentemente resiliente' nos Estados Unidos e na Europa, uma redução nos custos de energia e a reabertura da economia da China depois que Pequim abandonou suas rígidas restrições contra a Covid-19.

(Reportagem de Rodrigo Campos em Nova York;Reportagem adicional de David Lawder em Washington)

Escrito por Reuters

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