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Dólar emenda 3ª alta e fecha perto de R$5 após intervenção do BC; volatilidade dispara

Placeholder - loading - Funcionária de banco conta notas de 100 dólares em Hanói, Vietnã 16/05/2016 REUTERS/Kham/File Photo
Funcionária de banco conta notas de 100 dólares em Hanói, Vietnã 16/05/2016 REUTERS/Kham/File Photo

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Por José de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - A terça-feira ficou marcada pelo retorno do dólar ao patamar de 5 reais, em mais uma sessão de fortes ganhos da moeda norte-americana que exigiram nova intervenção do Banco Central, o que ajudou a aplacar a alta e levar a moeda a 4,9899 reais no fechamento.

A percepção de incerteza sobre a taxa de câmbio disparou. Uma medida de volatilidade implícita para um mês saltou a 20,64%, maior valor desde março de 2021.

O exterior tem ditado a escalada das cotações --o dólar saltou mais uma vez nesta sessão e renovou picos em dois anos contra uma cesta de moedas--, mas operadores citam ainda percepção de parada de fluxo ao Brasil, com exportadores e empresas de forma geral preferindo deixar recursos lá fora de olho no aumento dos juros nos EUA e na perspectiva forte para o dólar em termos globais.

A aproximação do fim do mês, com suas típicas rolagens de derivativos que adicionam volatilidade aos negócios, e remessas de grandes volumes (citados como atípicos) por empresas também são fatores comentados nas mesas de operação.

O dólar à vista saltou 2,32% nesta terça-feira e terminou no maior valor desde 18 de março (5,017 reais), última vez que encerrou acima de 5 reais.

Na máxima, foi a 5,0003 reais, valorização intradiária de 2,53%. Na mínima, ficou praticamente estável, com variação positiva de 0,05%, a 4,8794 reais.

O dólar marcou três sessões de alta nas quais acumulou valorização de 8,04%. O real, de longe, é a moeda com pior desempenho no período.

Num presságio de mais altas, a cotação fechou acima de sua média móvel de 50 dias --uma resistência técnica-- pela primeira vez desde janeiro. Mas segue a alguma distância das médias de 100 e 200 dias, em torno de 5,24 reais e 5,30 reais, respectivamente.

O dólar operou em curva ascendente desde o começo do pregão, mas depois das 11h (de Brasília) acelerou o ritmo, até que às 11h45 alcançou o pico do dia. No mesmo minuto o Banco Central anunciou oferta líquida de 500 milhões de dólares em swap cambial tradicional. Considerando operações de swap anunciadas no meio do pregão, a desta terça foi a primeira desde outubro do ano passado.

O BC já havia atuado na sexta-feira, mas com venda de 571 milhões de dólares no mercado à vista de câmbio, dia em que o dólar chegou a subir 4,78% na máxima.

Alguns analistas chamaram atenção para o fato de o Bacen ter atuado com o dólar a 5 reais nesta terça e lembraram que o cenário de referência do colegiado do Banco Central que decide os juros (Copom) considera taxa de câmbio partindo de 5,052 reais por dólar.

O Copom se reúne na próxima semana para deliberar sobre a Selic. No mesmo dia do anúncio da decisão, quarta-feira, o BC dos EUA também informará um provável novo aumento nas taxas norte-americanas e em ritmo possivelmente mais forte que o de costume.

'Vemos o real revertendo parte dos ganhos nos próximos meses', disse em nota Bertrand Delgado, estrategista do Société Générale. 'Condições financeiras e de liquidez mais apertadas juntamente com riscos geopolíticos em curso e o risco crescente de crescimento global mais brando provavelmente prejudicarão o real', completou.

O Société estima dólar de 5,15 reais ao fim do segundo trimestre e de 5,45 no término do ano --altas de 3,2% e 9,2%, respectivamente, em relação ao fechamento desta terça.

Escrito por Reuters

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