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Dólar tem alta firme frente ao real após forte relatório de emprego dos EUA

Placeholder - loading - Notas de dólar 20/03/2019 REUTERS/Mohamed Abd El Ghany.
Notas de dólar 20/03/2019 REUTERS/Mohamed Abd El Ghany.

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Por Fernando Cardoso

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar avançava frente ao real nas negociações desta sexta-feira, após relatório de emprego fora do setor agrícola nos Estados Unidos mostrar criação de vagas bem acima do esperado em maio, o que reduziu as expectativas dos investidores pelo início de um ciclo de corte de juros no Federal Reserve.

Às 9h53, o dólar à vista subia 0,83%, a 5,2928 reais na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,45%, a 5,294 reais na venda.

'(O relatório) surpreendeu muito. Com o verão chegando nos EUA, contratações voltam a subir, mas de qualquer forma, não era esperado', disse Eduardo Moutinho, analista de mercados do Ebury Bank.

O relatório de emprego do Departamento de Trabalho dos EUA mostrou que 272.000 vagas foram criadas fora do setor agrícola em maio, muito acima dos 185.000 esperados por economistas consultados pela Reuters, com as estimativas variando de 120.000 a 258.000.

Um mercado de trabalho forte tem sido uma justificativa comum entre as autoridades do Fed para se manterem cautelosas em relação à trajetória da inflação de volta à sua meta de 2%, o que também tem adiado o início de um possível ciclo de afrouxamento monetário pelo banco central dos EUA.

Ao longo do último mês, dados de emprego do setor privado e de vagas abertas, seguidos de um relatório de emprego mais fraco em abril, vinham mostrando um arrefecimento do mercado de trabalho norte-americano, ampliando as expectativas do mercado por um corte de juros no Fed em breve.

O relatório desta sexta-feira reverte essas apostas, fomentando cenário de juros mais altos por mais tempo nos EUA, uma vez que as autoridades do Fed devem reforçar sua postura agressiva na batalha contra a alta dos preços.

'O Fed está focado em inflação. Deve deixar claro que esse será o foco para trazer juros para baixo, afirmou Moutinho, acrescentando que ainda vê chance de um corte antes das eleições nos EUA, que acontecem no início de novembro.

Os operadores passaram a ver 52% de chance de o Fed reduzir os juros em sua reunião de setembro, de 69% antes dos dados de emprego.

Juros mais altos nos EUA jogam a favor do dólar, já que tornam os rendimentos norte-americanos mais atraentes para investidores estrangeiros.

No exterior, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,54%, a 104,670. A divisa rondava a estabilidade pouco antes da divulgação do relatório.

O dólar australiano, um tradicional medidor do apetite por risco nos mercados, tinha queda de 0,89%.

O Banco Central Europeu, por outro lado, cortou suas taxas de juros em 0,25 ponto percentual na quinta-feira, a primeira redução na zona do euro desde 2019, após os juros atingirem níveis recordes em meio aos esforços das autoridades em desacelerar a inflação.

No cenário doméstico, os investidores estarão atentos a comentários de membros do Banco Central, com palestras do presidente Roberto Campos Neto; do diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo; e do diretor de Assuntos Internacionais, Paulo Picchetti.

Na quinta-feira, Campos Neto e Galípolo, em eventos separados, demonstraram uma preocupação comum com as expectativas do mercado para a inflação ao fim deste ano e dos próximos, como evidenciado na mais recente pesquisa Focus.

Escrito por Reuters

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