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Dólar firma queda de olho em noticiário fiscal e alta do minério, com expectativa por dados de inflação dos EUA

Placeholder - loading - Casa de câmbio em São Paulo 05/03/2020. REUTERS/Rahel Patrasso
Casa de câmbio em São Paulo 05/03/2020. REUTERS/Rahel Patrasso

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Por Luana Maria Benedito

SÃO PAULO (Reuters) -O dólar firmou-se em terreno negativo frente ao real nesta segunda-feira, com investidores digerindo notícias sobre a meta fiscal do Brasil e reagindo ao salto dos preços do minério de ferro, em início de semana que trará novos dados de inflação dos Estados Unidos, que podem ditar os próximos passos de política monetária do Federal Reserve.

Às 11h40 (de Brasília), o dólar à vista caía 0,54%, a 5,0373 reais na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,59%, a 5,0495 reais na venda.

Depois de alternar leves ganhos e perdas na abertura, o dólar perdeu fôlego após a primeira uma hora e meia de negócios, movimento que coincidiu com a publicação pelo jornal Folha de S.Paulo de reportagem afirmando que o governo estuda baixar a meta fiscal de 2025 de um superávit primário de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para um patamar entre 0% e 0,25%.

À Reuters, uma fonte do governo disse que deve sim haver uma redução da meta fiscal para 2025, provavelmente mantendo ainda um objetivo de superávit. A fonte sublinhou que o número ainda está em discussão. A meta fiscal do próximo ano precisa estar definida até a próxima segunda-feira, prazo para o governo encaminhar ao Congresso o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025.

Alguns participantes do mercado afirmaram que uma flexibilização no objetivo do ano que vem, embora não seja uma notícia boa em teoria, poderia ser compensada pela mensagem que passaria de credibilidade por parte do governo, de que não perseguirá objetivos impossíveis.

'O efeito fiscal pode estar fazendo preço hoje, já que a desvalorização (do real) dos últimos dias foi impulsionada pelo ruído político envolvendo a Petrobras', disse à Reuters Eduardo Moutinho, analista de mercado do Ebury Bank.

'Esse ajuste da meta pode acabar sendo um bom contraponto, mostrando ao mercado que o resultado do governo irá melhorar. Uma meta menor deve ficar mais próxima das expectativas atuais do mercado, que esperam um déficit. Seria melhor ver o governo perseguir a meta de 0,5%, mas faz mais sentido acreditar em um número menor', acrescentou.

MINÉRIO DE FERRO

Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos, chamou a atenção para o forte avanço dos contratos futuros do minério de ferro, impulsionados pela esperança de possíveis medidas para reforçar o fraco setor siderúrgico na China e pelas expectativas de uma onda de reabastecimento pós-feriado por parte das siderúrgicas do país.

O real é muito sensível às oscilações dessa commodity, uma vez que é chave na pauta de exportação nacional, de forma que parte da valorização desta sessão pode refletir o avanço do minério.

Enquanto isso, os rendimentos dos Treasuries atingiram os níveis mais altos desde o final do ano passado, em meio a expectativas por dados de inflação ao consumidor dos EUA de quarta-feira. Por outro lado, o índice do dólar frente a uma cesta de moedas fortes caía 0,20% nesta manhã, aliviando mais ainda a pressão sobre divisas emergentes.

O dado desta semana deve mostrar um aumento na inflação geral dos EUA para 3,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, de 3,2% em fevereiro, segundo economistas consultados pela Reuters.

As chances de um primeiro corte de 0,25 ponto percentual pelo Fed em junho eram calculadas em 46%, abaixo dos 51% de sexta-feira, mostravam dados do CME Group, depois que dados recentes reforçaram a percepção de uma economia norte-americana resiliente.

'Dados mais fortes dos EUA e preços do petróleo mais elevados sugerem que os rendimentos dos EUA ainda podem oferecer vantagens, embora acreditemos que a Fed responderá mais ao dado de inflação desta semana do que aos fortes números de empregos não agrícolas', disse o Citi em nota, acrescentando que a evolução dos preços do petróleo e de alimentos é um obstáculo para a desinflação dos mercados emergentes --o que pode levar a cautela no afrouxamento monetário.

Ainda assim, o banco privado disse que continua vendo ambiente favorável a divisas latino americanas de alto rendimento.

Na última sessão, o dólar à vista fechou o dia cotado a 5,0649 reais na venda, em alta de 0,24%.

(Edição de Isabel Versiani e Pedro Fonseca)

Escrito por Reuters

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