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Eleições presidenciais na Argentina: principais conclusões do 1º turno

Placeholder - loading - Sergio Massa beija bandeira da Argentina após 1º turno das eleições 22/10/2023 REUTERS/Martin Cossarini
Sergio Massa beija bandeira da Argentina após 1º turno das eleições 22/10/2023 REUTERS/Martin Cossarini

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Por Maximilian Heath

BUENOS AIRES (Reuters) - A Argentina foi às urnas no domingo para votar em uma eleição presidencial acirrada, com o ministro da Economia, Sergio Massa, obtendo um resultado surpreendentemente forte para conquistar o primeiro lugar apesar de uma grande crise econômica, à frente do favorito antes da votação, o libertário de extrema-direita Javier Milei.

Massa e Milei vão disputar o segundo turno em 19 de novembro para assumir a Presidência a partir de meados de dezembro, substituindo o presidente peronista Alberto Fernández. Massa terminou a noite com 36,7% dos votos, contra quase 30% de Milei.

A conservadora Patricia Bullrich, popular entre o establishment e os círculos empresariais, terminou com cerca de 24%.

Aqui estão algumas das principais conclusões sobre o pleito:

VENCEDORES E PERDEDORES

O governo peronista, que se encontra em apuros, é o grande vencedor da noite, conseguindo o grande feito de terminar em primeiro lugar apesar de uma inflação próxima a 140%, reservas líquidas de moeda estrangeira caindo abaixo de zero e cerca de 40% dos argentinos na pobreza.

Os apoiadores de Milei ficaram desanimados depois de ele ter se saído pior do que alguns esperavam, mas ele ainda obteve quase 8 milhões de votos -- mais do que conseguiu nas primárias e uma grande quantidade de votos para um recém-chegado que só entrou na política em 2021. Ele continua na disputa para o segundo turno.

Bullrich, candidata do principal bloco conservador, foi a grande perdedora da eleição. A coalizão Juntos Pela Mudança já foi a favorita para ganhar a Presidência, mas viu seu apoio ser diluído pela ascensão abrupta de Milei.

OS DOIS ÚLTIMOS DE PÉ

Milei é um economista de 53 anos que concorre pelo bloco libertário A Liberdade Avança. Ele costuma usar jaquetas de couro e tem sido comparado ao ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump e ao ex-mandatário brasileiro Jair Bolsonaro por seu estilo.

Massa, o ministro da Economia do governo peronista, de 51 anos, representa a coalizão governista União Pela Pátria. Ele é visto como um pragmático dentro do movimento peronista, o que tem o ajudado a conquistar votos mais moderados.

BATALHA ACIRRADA NO CONFRONTO DIRETO

Massa vai para o segundo turno em um momento favorável, mas ainda há muito a ser disputado. Milei pode conquistar uma fatia maior dos 6,3 milhões de eleitores de Bullrich, que geralmente criticam muito o modelo peronista de governo.

Como Bullrich estava no meio dos três politicamente, ambos podem ter que moderar sua posição para conquistar seus votos. Juan Schiaretti, que obteve uma parcela de votos acima do esperado, de quase 7%, também pode desempenhar um papel importante.

É provável que haja uma campanha acirrada no próximo mês, à medida que os dois candidatos restantes apresentarem planos opostos para a economia. Massa promete proteger a rede de segurança social do país, enquanto Milei quer 'cortar com uma motosserra' um sistema que deixou o país em sua pior crise econômica em décadas.

AS PESQUISAS NÃO SÃO CONFIÁVEIS

Mais uma vez, os pesquisadores e especialistas do país foram pegos de surpresa com o resultado. Quase todas as pesquisas pré-eleitorais mostraram Milei em primeiro lugar, à frente de Massa, embora tenham acertado o desempenho inferior de Bullrich.

Isso ocorre depois que os pesquisadores também não perceberam a ascensão de Milei nas primárias de agosto, quando ele conquistou um surpreendente primeiro lugar, e após um grande erro de previsão na última eleição, em 2019.

O QUE ESTÁ EM JOGO?

A disputa presidencial da Argentina ocorre em um momento de grande incerteza para o país sul-americano que enfrenta sua pior crise econômica em duas décadas. Milei quer dolarizar a economia e reduzir o tamanho do Estado. Massa manteria o peso e tentaria impulsionar o mercado de trabalho e o crescimento.

Qualquer novo governo terá de ressuscitar uma economia que enfrenta uma inflação de três dígitos, reservas líquidas negativas de moeda estrangeira e uma moeda nacional em queda. Enquanto isso, um programa de empréstimo de 44 bilhões de dólares com o Fundo Monetário Internacional (FMI) está aumentando a pressão.

((Tradução Redação São Paulo, +55 11 5047-3075)) REUTERS FC PF

Escrito por Reuters

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