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Em resposta a Guedes, Maia diz que na democracia vale a vontade do coletivo

Placeholder - loading - Presidente da Câmara, Rodrigo Maia 08/04/2019 REUTERS/Adriano Machado
Presidente da Câmara, Rodrigo Maia 08/04/2019 REUTERS/Adriano Machado

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Por Maria Carolina Marcello

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta sexta-feira, em entrevista à GloboNews, que a democracia pressupõe a vontade da maioria e que não entrará na crise criada pelo governo em resposta a declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, que criticou o parecer da reforma da Previdência apresentado à comissão especial da Casa.

Ao referir-se ao governo como uma 'usina de crises', Maia disse que o Parlamento atuará como 'bombeiro' e se disse otimista em conseguir aprovar a reforma da Previdência no plenário da Câmara ainda antes do recesso parlamentar, que ocorre na segunda quinzena de julho.

'Não vamos entrar nessa crise criada pelo ministro, ele pode falar o que quiser. Nós estamos muito convictos', disse Maia, parabenizando o relator da proposta, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), pelo texto produzido.

'Na democracia não é o que um quer. Na democracia é o coletivo. São 513 deputados eleitos. A sociedade está representada', afirmou o presidente da Câmara.

O ministro da Economia afirmou mais cedo nesta sexta-feira que os deputados 'abortaram' a reforma da Previdência e que cederam a pressões corporativas.

O parecer de Moreira, apresentado na véspera, retira da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma alguns temas polêmicos, como o regime de capitalização, a extensão das novas regras a Estados e municípios, e as controversas mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC) e na aposentadoria rural.

Guedes mantinha a expectativa que apenas os pontos relacionados ao BPC e à aposentadoria rural ficassem de fora da reforma. Também criticou o regime de transição proposto no parecer.

Maia, que estava em uma agenda fechada para a imprensa em São Paulo, convocou coletiva após a fala do ministro e argumentou que a transição estabelecida por Guedes para militares é 'cinco vezes mais branda' do que a sugerida no parecer de Moreira'.

'A vida inteira o ministro da Economia sempre foi o bombeiro das crises. Agora, o bombeiro vai ser a Câmara dos Deputados', disse o presidente da Câmara à GloboNews.

'Nós não vamos dar bola para o ministro Paulo Guedes com as agressões que fez agora ao Parlamento.'

Executivo e Legislativo não desfrutam de uma relação saudável, embora o clima estivesse mais ameno do que o de semanas atrás, em que Maia e o presidente da República, Jair Bolsonaro trocaram farpas públicas. Maia, assim como integrantes do centrão também se ressentiam de ataques de governistas e pessoas próximas ao presidente, principalmente em redes sociais.

As recentes declarações de Guedes podem ter agitado o ambiente de relativa calmaria, justamente em um momento em que a comissão especial da Câmara discute a reforma da Previdência.

Escrito por Reuters

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