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Entrevista Exclusiva com Laura Pausini

A renomada cantora italiana compartilha suas reflexões sobre suas apresentações em São Paulo e a criação de "Anime Parallele”

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Laura Pausini, em seu auge, após seu lançamento em 2023 e duas noites inesquecíveis em São Paulo este ano, concedeu uma entrevista exclusiva à Antena 1 para discutir esses momentos marcantes. Após seis anos desde sua última visita ao Brasil, a talentosa artista italiana retornou para relembrar ao público quem ela é. Com sua voz poderosa e sua banda, Laura não apenas revisitou seus grandes sucessos, mas também apresentou ao público as faixas de seu mais recente álbum, "Anime Parallele".

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Cada uma das dezoito faixas da edição deluxe do álbum conta a história de "pessoas reais que vivem vidas paralelas, tentando respeitar umas às outras". O conceito do álbum abrange histórias de diferentes pessoas, incluindo a própria Laura, que se conectam de alguma forma, como "Almas Paralelas", como sugere o título escolhido. Foi sobre essas novidades que a cantora compartilhou durante a entrevista exclusiva com a Antena 1.

Quer saber mais? Confira a entrevista completa abaixo:

Laura Pausini: Olá!

Antena 1: Olá, Laura, tudo bem?

Laura Pausini: Olá, Catharina, tudo bem. E você?

Antena 1: Tudo certo! Então, eu queria iniciar a nossa conversa te parabenizando pelo show de São Paulo! A gente da Antena 1 foi lá, marcamos presença e ficou bem claro que o público estava com muita saudade de você! Então eu queria saber, como foi para você voltar para o Brasil depois de tanto tempo?

Laura Pausini: Bom, eu também estava com muita saudade porque acredito que podia escutar na minha voz e nas minhas palavras que eu ficava com muita vontade de voltar, de ficar com o meu público. Eu me diverti muito e também me emocionei muito... então o público foi maravilhoso, né?

Antena 1: A gente adorou muito mesmo! E o seu show foi, basicamente, um grande panorama dos seus 30 anos de carreira. Em São Paulo foram de três horas de espetáculo, repletas de interações, que nem você falou, que você ficou emocionada. Como é que você se vê agora, após todas essas décadas de sucesso que você já passou?

Laura Pausini: Eu fico muito contente, primeiro de tudo. Fico mais segura de mim enquanto estou no palco. Me sinto em casa. Então acredito que muitas vezes consigo criar uma relação de amizade com o público todo. Dentro de mim eu fico muito mais tranquila do que quando eu era uma menina. E poder falar diretamente com eles é muito legal! Eu fico muito mais como uma irmã de todos.

Antena 1: E como um todo, "Almas Paralelas (“Anime Parallele") é um lançamento muito pessoal. O show inteiro foi muito pessoal. Você estava presente, marcando sua história. Mas eu também queria saber o processo de criação do álbum. Como é que ele se diferenciou dos outros anteriores?

Laura Pausini: Bom, foi diferente, primeiro, de tudo! Porque ele me tomou tempo. Me tomou muito mais tempo que os passados porque eu ficava com medo de já haver cantado e falado de muitas coisas e não saber, depois da Pandemia, se eu era capaz de fazer um disco interessante. Era a minha preocupação. Era deixar uma música boa, mas principalmente uma mensagem dentro das letras que foram uma coisa mais empática, mas que também fazem questionar. E de repente, depois de anos, porque esperei cinco anos desde o último disco... de repente chegou em mim um desejo de falar da humanidade. Provavelmente depois da Pandemia. Eu ficava um pouco preocupada porque eu sou muito física, né? Então, eu pensei que a Pandemia deixou todos com medo de ter uma reação com o contato. E também, respeitar as ideias das pessoas que são diferentes de nós. Então o disco está dedicado mais pelas “almas” do que pelos corpos. E “paralelas” porque gostaria de falar sobre aquelas pessoas que não acham (pensam), como nós. Não tem os mesmos desejos. Mas, (vivem) no mesmo tempo. Acredito que é importante respeitar e amar os seres humanos. Mesmo que eles não são idênticos... não somos idênticos, com sorte! Mas alguns não veem a diferença com um respeito que merecem.

Antena 1: É, e você também abordou essas questões, principalmente questões sociais, como violência domésticas, o meio ambiente, até questões LGBT+, destro do seu show. Eu ia te perguntar por que você considerou relevante colocar todos esses momentos. Mas, como você está falando também, “Almas Paralelas” veio com esse intuito. Seria isso?

Laura Pausini: Sim. Me preocupa muito que, desde quando as redes sociais são muito utilizadas por todos, pode encontrar muitas palavras, muitas ideias sobre minha pessoa e as vezes pode olhar que não respeitam a minha verdadeira personalidade e as minhas ideias. Então, aproveitei o show ao vivo para me apresentar, uma vez mais, para ser mais transparente e por isso acredito que é muito pessoal. Falar das coisas mais íntimas deixa uma confiança que eu preciso deixar também porque eu busco confiança no meu público. Então, ser muito honesto ajuda, para mim, de dizer ao meu público que eles estão ali e que eles geram aquela pessoa. Não estão lá somente pelas músicas, mas também pela minha maneira de ser!

Antena 1: Sim! É, eu vi sua entrevista no Altas Horas, e você reforçou esse medo de se expor, principalmente esse seu lado mais pessoal. E no show você incluiu esses momentos íntimos, delicados da sua vida pessoa. Você sentiu, de certa forma, que isso te ajudou a encarar esse medo?

Laura Pausini: Eu acredito que hoje em dia é muito importante ser sincero com as pessoas. E eu falo com um público de dez mil pessoas, como se eu falasse com um amigo na minha casa. E essa minha maneira de ser, na vida, sempre. E é muito importante especialmente pelo que falamos antes. Depois da Pandemia, de aquela distância que eu pensava ser cotidiana... então e não quero ter uma distância entre o palco e o público e eu acredito que ser muito sincero permite as pessoas sentirem, ao ponto de compreender se gosta ou não, daquela pessoa. Eu acredito que um cantor hoje, pode ter uma relação muito honesta com o seu público. Não pode ser um ator. Precisa ser muito mais humano que antes.

Antena 1: O seu show foi principalmente marcado por isso! Você se demonstrou humana no palco, vendo seus vídeos... e tudo isso com muita versatilidade musical. Dentro do seu show a gente via você passando pelo rock, cantando músicas pop, sentanda no piano e tocando baladas românticas. Eu queria perguntar sobre esse equilibro. Essa vontade de explorar novos estilos musicais e o que te permanecer fiel à sua identidade artística?

Laura Pausini: Eu acredito que a minha voz é a única coisa que não muda. Mas, durante o show eu queria que ele fosse uma representação musical e visual desses trinta anos e eu cantei músicas pop, mais rock, as vezes mais acústica. Então eu quis fazer uma coisa mais... um resumo. Um resumo de todas aquelas experiências musicais que eu vivi durante esses trinta anos. Não era justo eu fazer um show dos trinta anos e não passar dentro dos estilos musicais que eu cantei durante esse tempo.

Antena 1: Sim, é verdade. Foi uma homenagem e tanto que você fez. Agora, para finalizar, quando você olha para trás, após esses trina anos, qual conselho você daria para a jovem Paula que estava começando a carreira na música?

Laura Pausini: É muito complicado agora porque no início, sendo mulher, não foi fácil. Agora acredito que seja muito mais fácil! Mas, a nível de marketing, era tudo muito diferente. Hoje é muito importante a imagem, ou o “beat’, o ritmo musical, que as vezes não representa totalmente todos os cantores que estão na música hoje em dia. É muito mais o lugar da música no mundo. Então, acredito que uma coisa que pode dizer é que mesmo que funcione muito uma tipologia de música hoje, (é importante) seguir aquele instinto musical pessoal. Sem imitar outros estilos só porque ‘funcionam’. Isso pode ser mais difícil para logo ter um sucesso, mas depois, acredito que seja mais verdadeiro, ir mais longe, uma história de tanto tempo, de uma carreira mais larga.

Antena 1: Esse conselho é um ótimo para a jovem Laura. Muito obrigada pela entrevista.

Laura Pausini: Obrigada!

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