EUA e Europa estão finalizando proposta de cessar-fogo de 30 dias entre Ucrânia e Rússia, diz fonte diplomática

Por John Irish

PARIS (Reuters) - Os Estados Unidos e seus aliados europeus estão finalizando uma proposta para um cessar-fogo de 30 dias na Ucrânia que, se recusada, os levaria a impor conjuntamente novas sanções à Rússia, disse uma fonte diplomática francesa nesta sexta-feira.

O presidente dos EUA, Donald Trump, pediu na quinta-feira um cessar-fogo incondicional de 30 dias entre a Rússia e a Ucrânia, alertando que Washington e seus parceiros devem impor novas sanções caso o cessar-fogo não seja respeitado.

A Ucrânia expressou sua disposição em aceitar a proposta dos EUA. A Rússia declarou unilateralmente um cessar-fogo de três dias, de 8 a 10 de maio, coincidindo com o 80º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial.

'Não estamos com um projeto totalmente finalizado, mas esperamos estar em um momento de convergência', disse a fonte diplomática sob condição de anonimato.

'O que pode acontecer nas próximas horas e dias, pode haver um anúncio de um cessar-fogo de 30 dias ou compartimentado, que ainda está sendo discutido.'

Segundo a fonte, que ainda há discussões sobre o anúncio de um cessar-fogo unilateral ou a concessão de um curto período de resposta à Rússia, embora, ovas sanções americanas e da UE devam ser impostas a Moscou em caso de recusa.

Os dois lados estão coordenando os pacotes de sanções.

O ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noel Barrot, que esteve em Washington na semana passada para se reunir com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, vai se juntar ao presidente Emmanuel Macron em Kiev no sábado, quando haverá reunião híbrida dos aliados mais próximos da Ucrânia e discussões sobre a proposta EUA-Europa.

A fonte explicou que as conversações políticas e técnicas entre a Europa e os EUA haviam se intensificado desde a semana passada. Trump e Macron conversaram na quinta-feira para discutir a proposta de cessar-fogo.

'Sentimos nas discussões com os norte-americanos uma certa irritação em relação à postura russa, a falta de reatividade e seriedade em suas respostas ao que foi proposto anteriormente', disse a fonte. 'A decisão está praticamente tomada.'

(Reportagem de John Irish)