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Ex-premiês do Paquistão e rivais, Sharif e Khan reivindicam vitória eleitoral

Placeholder - loading - Nawaz Sharif, ex-primeiro-ministro do Paquistão 09/02/2024 REUTERS/Navesh Chitrakar
Nawaz Sharif, ex-primeiro-ministro do Paquistão 09/02/2024 REUTERS/Navesh Chitrakar

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Por Gibran Naiyyar Peshimam e Asif Shahzad e Ariba Shahid

ISLAMABAD (Reuters) - Ex-primeiros-ministros e rivais políticos, Nawaz Sharif e Imran Khan reivindicaram nesta sexta-feira vitória nas eleições paquistanesas, marcadas por atrasos nos resultados e ataques de militantes, que jogaram o Paquistão numa turbulência ainda maior.

O partido de Sharif conquistou a maior bancada na eleição de quinta-feira, mas os apoiadores de Khan, que está preso e concorreu como candidato independente depois que seu partido foi banido da disputa, obtiveram mais assentos no geral.

Sharif disse que seu partido negociará com outros grupos para formar um governo de coalizão, já que não obteve uma maioria por conta própria. O anúncio do ex-premiê ocorreu depois de mais de três quartos dos 265 assentos terem sido definidos, mais de 24 depois do fim da eleição, quando 28 pessoas foram mortas em ataques de militantes.

Analistas previram que não haveria um claro vencedor, o que acrescenta problemas a uma nação que já está lutando para se recuperar de uma crise econômica, enquanto lida com maiores níveis de atividades de militantes em um ambiente político profundamente polarizado.

Os resultados mostraram que os independentes, a maioria deles apoiados por Khan, ficaram com a maior parte dos assentos: 98 de 245, segundo contagem até as 15h30, no horário de Brasília.

A Liga Muçulmana Paquistanesa-Nawaz, de Sharif, ficou com 69 assentos, enquanto o Partido do Povo, de Bilawal Bhutto Zardari, filho da premiê assassinada Benazir Bhutto, obteve 51. O restante foi distribuído para pequenos partidos e independentes.

“A Liga Muçulmana Paquistanesa é o maior partido do país hoje, depois das eleições, e é nosso dever tirar esta nação do redemoinho”, afirmou Sharif.

“Convidamos eles a se sentarem conosco e ajudarem esta nação ferida a ficar de pé novamente.”

O partido Tehreek-e-Insaf (PTI), de Khan, emitiu uma mensagem usando inteligência artificial e compartilhou em sua conta na rede social X, antigo Twitter. Nela, Khan rejeita a vitória de Sharif, parabeniza seus apoiadores por “vencerem” a eleição e pede que eles comemorem e protejam seu voto.

“Eu confiei que vocês iriam votar, e vocês honraram essa confiança, com um comparecimento massivo que chocou a todos”, informava a mensagem, acrescentando que ninguém aceitaria o grito de vitória de Sharif, porque ele obteve menos assentos e as eleições foram fraudadas.

Khan, um ex-astro do críquete, está preso desde agosto e foi condenado três vezes nos seis dias anteriores ao pleito, a 10, 14 e 7 anos de prisão, em processos relacionados a segredos de Estado, corrupção e casamento ilegal.

Sherif, que tem 74 anos e já foi premiê três vezes, retornou em 2023 de quatro anos de exílio autoimposto no Reino Unido, tendo concorrido pela última vez de uma cela na prisão, detido por corrupção.

Ele era considerado o favorito para liderar o país, tendo superado uma antiga rixa com os poderosos militares da nação.

Sharif afirmou que sua legenda preferia obter maioria absoluta, mas que, sem isso, conversaria com outras forças, incluindo o ex-presidente Asif Ali Zardari, do PPP, com o intuito de abrir negociações na noite desta sexta-feira.

Em sua primeira reação, um assessor de Khan afirmou que líderes do PTI negociarão entre si e se encontrarão com ele na prisão no sábado, para discutir os resultados, informou a Geo News.

Os resultados demoraram a sair, o que o governo provisório atribuiu à suspensão nos serviços de telefonia móvel, uma medida de segurança antes do pleito.

(Reportagem adicional de Charlotte Greenfield em Islamabad, Mushtaq Ali em Peshawar, Salim Ahmed em Quetta, Saud Mehsud em Dera Ismail Khan e Simon Lewis em Washington; texto de YP Rajesh)

((Tradução Redação São Paulo))

REUTERS FDC

Escrito por Reuters

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