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EXCLUSIVO-China volta atrás em quase todos os aspectos do acordo comercial com os EUA, dizem fontes

Placeholder - loading - Funcionários ajustam bandeiras da China e dos Estados Unidos antes de rodada de negociações comerciais em Pequim, na China 14/02/2019 Mark Schiefelbein/Pool via REUTERS
Funcionários ajustam bandeiras da China e dos Estados Unidos antes de rodada de negociações comerciais em Pequim, na China 14/02/2019 Mark Schiefelbein/Pool via REUTERS

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Por David Lawder e Jeff Mason e Michael Martina

WASHINGTON/PEQUIM (Reuters) - Pequim enviou a Washington na sexta-feira à noite mudanças sistemáticas ao esboço de quase 150 páginas do acordo comercial que acabaria com meses de negociações entre as duas maiores econômicas do mundo, de acordo com três fontes do governo dos Estados Unidos e três fontes do setor privado com conhecimento das negociações.

O documento estava cheio de mudanças em que a China voltava atrás em itens que afetaram as principais demandas dos EUA, disseram as fontes à Reuters.

Em cada um dos sete capítulos do esboço do acordo comercial a China retirou seus compromissos para mudar leis que resolveriam as principais reclamações que levaram os EUA a lançarem uma guerra comercial: roubo de propriedade intelectual e segredos comerciais dos EUA, transferências forçadas de tecnologia, acesso a serviços financeiros e manipulação cambial.

O presidente dos EUA, Donald Trump, respondeu no Twitter no domingo com a promessa de elevar as tarifas sobre 200 bilhões de dólares em produtos chineses de 10 a 25 por cento na sexta-feira --calculado para acontecer no meio de uma visita do vice-premiê chinês, Liu He, a Washington para continuar com as negociações comerciais.

A retirada de linguagem legal vinculativa do esboço afetou diretamente a mais alta prioridade do representante de Comércio dos EUA, Robert Lighthizer --para quem mudanças nas leis chinesas são essenciais para verificar o cumprimento das medidas após anos do que autoridades norte-americanas chamaram de promessas vazias de reformas.

Lighthizer pressionou muito por um regime de cumprimento mais parecido com aqueles usados para sanções econômicas --como as adotadas sobre a Coreia do Norte ou Irã -- do que um acordo comercial típico.

'Isso prejudica a arquitetura principal do acordo', disse uma fonte de Washington com conhecimento das discussões.

'PROCESSO DE NEGOCIAÇÃO'

Porta-vozes da Casa Branca, do Representante Comercial dos EUA e do Departamento do Tesouro dos EUA não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Geng Shuang, disse em uma entrevista nesta quarta-feira que resolver as divergências sobre a guerra comercial é um 'processo de negociação' e que a China não está 'evitando problemas'.

Geng encaminhou questionamentos específicos sobre as negociações comerciais para o Ministério do Comércio, que também não respondeu imediatamente a perguntas enviadas por fax pela Reuters.

Lighthizer e o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, foram surpreendidos com a extensão das mudanças no esboço. Na segunda-feira, as duas autoridades disseram a repórteres que o fato de a China ter voltado atrás havia motivado a ordem de aumento das tarifas por Trump, mas não forneceram detalhes sobre a profundidade e a amplitude das revisões.

Na semana passada, Liu disse a Lighthizer e a Mnuchin que eles precisavam confiar na China para cumprir suas promessas por meio de mudanças administrativas e regulatórias, disseram duas das fontes. Tanto Mnuchin quanto Lighthizer consideraram isso inaceitável, dada a história da China de não cumprir as promessas de reforma.

Uma fonte do setor privado informada sobre as discussões disse que a última rodada de negociações foi muito ruim porque 'a China ficou gananciosa'.

'A China renegou uma dúzia de coisas, se não mais ... As negociações foram tão ruins que a verdadeira surpresa é que Trump demorou até domingo para explodir', disse a fonte.

'Depois de 20 anos fazendo o mesmo com os EUA, a China ainda parece estar errando com essa administração.'

Escrito por Reuters

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