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Fazenda vê desaceleração da atividade, mas ainda aponta viés de alta para projeção do PIB de 2025

Fazenda vê desaceleração da atividade, mas ainda aponta viés de alta para projeção do PIB de 2025

Reuters

04/12/2025

Placeholder - loading - Prédio do Ministério da Fazenda em Brasília 14/02/2023 REUTERS/Adriano Machado
Prédio do Ministério da Fazenda em Brasília 14/02/2023 REUTERS/Adriano Machado

Atualizada em  04/12/2025

BRASÍLIA, 4 Dez (Reuters) - A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda afirmou nesta quinta-feira que vê uma tendência de desaceleração econômica no país até o momento e de desaquecimento à frente, mas apontou que o viés de revisão para a atividade em 2025 é de alta.

A pasta afirmou em nota que o desempenho da economia no terceiro trimestre foi inferior ao projetado pelo governo, ponderando que a expectativa é de crescimento positivo na margem no quarto trimestre, com uma leve melhora no desempenho dos serviços.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 0,1% entre julho e setembro na comparação com os três meses anteriores, informou nesta quinta o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os dados mostram que a desaceleração do setor de serviços no trimestre compensou dados positivos da agropecuária e da indústria, enquanto o consumo das famílias perdeu força, dando sequência ao esperado enfraquecimento da atividade diante dos juros elevados no país.

A projeção mais recente do governo, feita em novembro, estimou que o PIB crescerá 2,2% em 2025.

Para a pasta, os novos dados indicam que a agropecuária e a indústria devem crescer mais que o previsto anteriormente, enquanto serviços devem crescer com menos força.

'Considerando todas essas mudanças, o viés de revisão para o PIB de 2025 é de alta', disse.

A pasta ponderou que 'não se altera a perspectiva de desaquecimento econômico e de fechamento do hiato desenhada do segundo semestre de 2025 em diante'.

De acordo com a SPE, revisões feitas pelo IBGE para períodos anteriores impactaram o cenário, com a revisão para cima do PIB do primeiro semestre levando a uma conclusão de que a desaceleração depois desse período foi mais acentuada, reduzindo também o carregamento para 2026.

O Banco Central vem mantendo a taxa Selic em 15% ao ano, nível mais alto em duas décadas para levar a inflação à meta de 3%, levantando críticas de membros do governo sobre os efeitos negativos dos juros restritivos sobre a atividade.

Os dados mais fracos da atividade elevaram apostas no mercado para um possível corte de juros na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de janeiro.

Após a divulgação do PIB do terceiro trimestre, a curva a termo precificava nesta manhã 84% de probabilidade de corte de 25 pontos-base da Selic em janeiro. No fechamento de quarta-feira, esse percentual estava em 78%.

(Por Bernardo Caram, reportagem adicional de Fabrício de Castro)

Reuters

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