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FMI reduz projeção de crescimento do Brasil para 2019 e cita necessidade de reformas

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Por José de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu a estimativa de crescimento da economia brasileira em 2019, citando a necessidade de cortes de gastos com funcionalismo público e da reforma da Previdência para conter as crescentes despesas.

Mas o organismo melhorou a projeção para a taxa de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, em meio a uma inflação em torno do centro da meta e à queda nos spreads desde outubro.

Em seu relatório Perspectiva Econômica Global divulgado nesta terça-feira, o FMI cortou a projeção de crescimento do PIB em 2019 para 2,1 por cento, contra taxa de 2,5 por cento prevista em janeiro.

Para 2020, a expectativa é de que economia crescerá 2,5 por cento, contra 2,2 por cento da estimativa anterior.

Os números para 2019 estão mais otimistas que os do mercado financeiro. A mais recente pesquisa Focus, do Banco Central, mostrou que analistas e economistas esperam que o PIB cresça 1,97 por cento neste ano --quatro semanas atrás, essa estimativa era de 2,28 por cento.

Para 2020, a expectativa do mercado é de expansão de 2,70 por cento, melhor que a do FMI.

No último Relatório Trimestral de Inflação (RTI), o BC piorou sua projeção de crescimento do PIB em 2019 a 2,0 por cento, contra 2,4 por cento antes. Já o Ministério da Economia revisou sua estimativa para baixo em meados de março, passando a enxergar um avanço de 2,2 por cento na atividade neste ano.

'A principal prioridade (do Brasil) é conter o aumento da dívida pública, garantindo simultaneamente que as despesas sociais necessárias permaneçam intactas', diz o FMI em seu relatório.

Na visão do FMI, o teto de gastos introduzido em 2016 --que prevê uma redução da despesa de aproximadamente 0,5 ponto percentual do PIB ao ano, por uma década-- é um passo 'na direção certa para facilitar a consolidação fiscal'.

Mas a entidade ressaltou ser 'necessário um maior ajuste logo, particularmente na forma de corte de gastos com folha salarial do setor público e com aposentadorias', visando conter o aumento das despesas e garantir programas sociais aos mais vulneráveis.

A favor do Brasil, segundo o FMI, está a inflação próxima do centro da meta, que ajuda o BC a manter uma política monetária expansionista o suficiente para estimular a demanda agregada.

Junto à reforma nas leis trabalhistas e à redução do crédito subsidiado, o Fundo Monetário Internacional considera que os esforços para melhorar a infraestrutura e a eficiência da intermediação financeira 'ajudariam a elevar a produtividade e impulsionar as perspectivas de crescimento de médio prazo'.

INFLAÇÃO

O FMI prevê inflação no Brasil de 3,6 por cento para 2019 (4,2 por cento na estimativa de outubro) e de 4,1 por cento para 2020. O centro da meta oficial de 2019 é de 4,25 por cento e, de 2020, de 4 por cento, ambos com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Quanto ao déficit em transações correntes, o FMI estima que ele será de 1,7 por cento do PIB em 2019, ligeiramente pior que a estimativa de rombo de 1,6 por cento dada em outubro passado. Para 2020, a previsão é de déficit de 1,6 por cento.

Já para a taxa de desemprego no Brasil, a perspectiva é de que alcance 11,4 por cento em 2019 (10,7 por cento na previsão anterior), caindo para 10,2 por cento em 2020.

O FMI citou ainda o desastre com a barragem da Vale em Brumadinho (MG), em janeiro passado, como uma das causas para a valorização dos preços do minério de ferro recentemente, o que ajudou a puxar o índice do FMI para metais acima da mínima em 16 meses atingida no fim do ano passado.

O desequilíbrio fiscal do Brasil, contudo, vai pesar sobre o crescimento da América Latina no médio prazo. O FMI reduziu as projeções de crescimento da América Latina e Caribe tanto para 2019 quanto para 2020. O organismo espera que a região cresça 1,4 por cento em 2019 (0,6 ponto percentual a menos que na estimativa de janeiro) e 2,4 por cento em 2020 (queda de 0,1 ponto).

(Edição de Marcela Ayres e Maria Pia Palermo)

Escrito por Thomson Reuters

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