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Galípolo nega divergências no Copom e diz ser difícil enxergar Selic terminal

Placeholder - loading - Sede do BC, em Brasília 14/02/2023 REUTERS/Adriano Machado
Sede do BC, em Brasília 14/02/2023 REUTERS/Adriano Machado

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Por Fabricio de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, negou na noite desta quinta-feira ter havido divergências entre os membros do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central em seu último encontro, em março, quando o colegiado alterou indicações para as próximas reuniões.

Na decisão de 20 de março, o BC cortou a taxa básica Selic em 0,50 ponto percentual, para 10,75% ao ano, mas sinalizou novo corte de meio ponto percentual apenas em junho -- e não necessariamente no encontro seguinte, de julho. Isso ocorreu em função do aumento da incerteza.

Na ata do encontro, o BC registrou que “alguns membros” argumentaram que, se a incerteza permanecer elevada no futuro, “um ritmo mais lento de distensão monetária pode revelar-se apropriado”. O registro foi interpretado, por parte do mercado, como um sinal de divergência entre os nove membros do Copom.

“Não vi divergência (entre membros do Copom). E se tivesse tido divergência nesta reunião, não seria nada grave”, minimizou Galípolo durante evento, afirmando que o debate entre os dirigentes do BC foi feito de maneira “produtiva, franca e honesta”.

“Se apresentou os argumentos, foi um processo de convencimento, de formação de consenso”, comentou. “(O termo) ‘alguns membros’ (na ata) reflete o fato de que alguns membros falam mais mesmo, e estes membros que falam apresentaram o trade-off (escolha)”, disse.

De acordo com Galípolo, a retirada do guidance (projeções de cortes) “significa uma tentativa de ganhar graus de liberdade, e não de perder”.

Galípolo pontuou ainda que o BC continua “sem sinalizar a taxa terminal” da Selic -- algo que vem sendo debatido pelo mercado, considerando o aumento da incerteza. No relatório Focus, a projeção mediana atual é de uma Selic a 9% no fim de 2024.

“Enxergar a terminal para mim ainda está distante, ainda mais com a incerteza que aumentou”, comentou o diretor.

“O que posso dizer é que com o guidance caiu muito a volatilidade, porque não tem aposta para fazer... Mas talvez o segundo semestre seja mais divertido para vocês (mercado), tem eleição americana...”, lembrou o diretor a uma plateia de profissionais do mercado financeiro. “Nossa função é transformar a vida mais clara possível”, acrescentou.

INTERVENÇÃO NO CÂMBIO

Durante o evento, Galípolo também reforçou a mensagem de que o BC realizou na última terça-feira leilão de 1 bilhão de dólares em swaps cambiais tradicionais para atender uma demanda específica do mercado, em função do vencimento de NTN-A3 -- um título cambial -- em 15 de abril.

“Estávamos atentos para ver se podia ser percebido alguma disfuncionalidade em função da NTN-A”, explicou o diretor. “Eu entendo que não são necessárias novas intervenções no câmbio (por conta da NTN-A). Mas o Depin (Departamento das Reservas Internacionais) segue monitorando”, acrescentou.

NOVO PRESIDENTE DO BC

Questionado sobre o processo de substituição de Roberto Campos Neto na presidência do Banco Central, Galípolo disse que não participa das discussões e defendeu que isso é um “não tema” para quem já está na cúpula da autarquia.

“Tema de indicação de diretor (do BC) é um tema de presidente da República”, disse.

Galípolo participou na noite desta quinta-feira, como palestrante, de evento promovido pela Necton, em São Paulo.

Escrito por Reuters

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