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Governo Bolsonaro terá que aprovar duas reformas da Previdência se nada for votado este ano, diz fonte

Governo Bolsonaro terá que aprovar duas reformas da Previdência se nada for votado este ano, diz fonte

Thomson Reuters

13/11/2018

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Atualizada em  13/11/2018

Por Lisandra Paraguassu

BRASÍLIA (Reuters) - O governo do presidente eleito Jair Bolsonaro terá que fazer duas reformas da Previdência, uma do modelo atual e outra para implantar um novo regime, caso nada seja aprovado para alterar o sistema previdenciário ainda este ano, disse nesta quinta-feira uma fonte da equipe de transição.

Segundo a fonte, um novo projeto de reforma terá que ser apresentado ao Congresso com as duas mudanças, e separar a assistência social da Previdência será a primeira providência a ser tomada pelo futuro governo.

Nos últimos dias, dada a dificuldade na relação com o Congresso, o governo eleito já admite que não conseguirá aprovar nada da reforma da Previdência apresentada pelo governo de Michel Temer.

'Ficam para nós agora dois encargos, fazer a reforma do antigo e lançar a nova Previdência. Se não vai aprovar nem a parte constitucional, nem a infraconstitucional, nós vamos ter que fazer tudo', disse a fonte. 'Agora talvez seja uma só, tudo junto, vamos ver.'

Na segunda-feira, tanto o presidente eleito, Jair Bolsonaro, quanto o ministro coordenador da transição, Onyx Lorenzoni, admitiram que não se votará nada da Previdência. Nem mesmo a legislação infraconstitucional que, por não mudar a Constituição, não precisaria que se levantasse a intervenção federal no Rio de Janeiro e, além disso, exige menos votos para aprovação.

A equipe do novo presidente imaginava aprovar idade mínima e outras mudanças no regime atual este ano, como aumento da contribuição de servidores públicos. A partir dessa base, o novo governo investiria em mudanças de longo prazo, como a mudança do sistema de repartição para o regime de capitalização.

SOCIAL

Uma das primeiras alterações para o futuro, segundo a fonte, será a separação do sistema de assistência social do sistema de Previdência. 'Isso é absoluto, tem que ter', disse a fonte, acrescentando que esta é uma das 'seis bombas' que precisam ser desarmadas na Previdência.

Hoje, benefícios como aposentadoria rural -em que o aposentado não precisa comprovar anos de contribuição para receber- e o Benefício de Prestação Continuada, pago a pessoas com deficiência, são computados dentro da conta da Previdência. O novo governo prevê a separação disso, para deixar claro que são benefícios bancados pelo Tesouro e ter uma noção real do tamanho do rombo da Previdência.

As outras 'bombas', segundo a fonte, incluem a demográfica, com uma população ficando mais velha e menos gente contribuindo, o modelo de participação, mudando o atual modelo de repartição para o de capitalização, a ineficiência do investimento e o modelo de financiamento.

'O atual modelo é uma máquina de destruição em massa de empregos, com todos esses encargos na folha um emprego custa o dobro do que paga em salário', disse a fonte.

Thomson Reuters

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