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Governo central tem déficit primário de R$11 bi em maio, melhor que o esperado

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BRASÍLIA (Reuters) - O governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social) registrou déficit primário de 11,024 bilhões de reais em maio, cifra melhor que o esperado diante do quadro de despesas em queda, mas que tende a ficar pior após a greve dos caminhoneiros e que levou o governo a usar boa parte de sua folga fiscal para atender o pleito da categoria.

O resultado divulgado nesta quinta-feira pelo Tesouro é o melhor para maio desde 2015, quando houve déficit primário de 8,553 bilhões de reais e veio melhor que o esperado em pesquisa Reuters com analistas, de rombo de 12,1 bilhões de reais no mês passado.

Em maio de 2017, o rombo primário havia sido de 29,387 bilhões de reais. Segundo o Tesouro, o dado de agora foi influenciado positivamente pela antecipação do pagamento de precatórios (9,5 bilhões de reais) e resgate de 3,5 bilhões de reais do Fundo Soberano.

Ajuste fiscal no Brasil vai cada vez mais depender da dinâmica das despesas obrigatórias , afirmou a jornalistas o secretário do Tesouro, Mansueto de Almeida Jr. Isso significa mudar regras, seja benefícios ligados a Previdência, gastos com pessoal ou subsídios , acrescentou.

Para 2018, a meta do governo central é de déficit primário de 159 bilhões de reais, sendo que nos 12 meses até maio, o rombo estava em 106,2 bilhões de reais.

O resultado foi influenciado por receitas líquidas, que somaram 87,759 bilhões de reais em maio, com alta real (descontada a inflação) de 9,8 por cento. No mês passado, houve pagamento de dividendos da Caixa Ecônomica Federal (2,8 bilhões de reais) e do Banco de Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (1,5 bilhão de reais).

As despesas tiveram queda real de 7,2 por cento em maio sobre um ano antes, a 102,283 bilhões de reais.

O Tesouro informou ainda que o rombo da Previdência chegou a 15,096 bilhões de reais no mês passado, queda real de 18,6 por cento sobre maio de 2017, enquanto Tesouro e BC registraram juntos superávit primário de 4,072 bilhões de reais.

O governo vem reiterando a viabilidade da meta fiscal deste ano, mas a tarefa ficou mais difícil após a greve dos caminhoneiros em maio, que causou forte desabastecimento no país e afetou a atividade econômica e a arrecadação.

Além disso, o governo arcou com custo fiscal de mais de 15 bilhões de reais para atender a demanda da categoria e conseguir reduzir o preço do diesel.

Os economistas pioraram muito as expectativas para o déficit primário do governo central neste ano, segundo o relatório Prisma Fiscal divulgado pelo Ministério da Fazenda. Pela mediana, a projeção subiu a 151,192 bilhões de reais, contra 138,543 bilhões de reais anteriormente.

Pesquisa Focus do BC, que ouve uma centena de economistas todas as semanas, mostra que a estimativa de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do país neste ano estava em torno de 1,5 por cento, depois de ter chegado a 3 por cento alguns meses antes.

O Tesouro divulgou ainda que a margem de insuficiência para o cumprimento da regra de ouro é de 102,5 bilhões de reais em 2018, levando em consideração recursos repassados pelo BNDES, 27,5 bilhões de reais do fundo soberano, 17,4 bilhões do Fundo Nacional de Desenvolvimento (FND), entre outros.

O governo trabalha com outras medidas que assegurarão o cumprimento da regra de ouro em 2018, que incluem outros pagamentos antecipados do BNDES , trouxe o Tesouro em nota.

A regra de ouro impede que o governo emita dívida para bancar despesas de custeio, como salários.

(Por Mateus Maia)

Escrito por Thomson Reuters

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