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Grupo de veteranas 'Hellcats' tenta ganhar Câmara dos EUA para os democratas em 2026

Grupo de veteranas 'Hellcats' tenta ganhar Câmara dos EUA para os democratas em 2026

Reuters

22/12/2025

Placeholder - loading - A candidata democrata ao 6º Distrito Congressional do Arizona, JoAnna Mendoza, ergue o punho enquanto posa para uma foto com outras veteranas em Tucson, Arizona, EUA 16 de dezembro de 2025 REUTERS/Reb
A candidata democrata ao 6º Distrito Congressional do Arizona, JoAnna Mendoza, ergue o punho enquanto posa para uma foto com outras veteranas em Tucson, Arizona, EUA 16 de dezembro de 2025 REUTERS/Reb

Por Helen Coster

NOVA YORK, 22 Dez (Reuters) - Cait Conley deu início à ⁠sua campanha para o Congresso com uma série de vídeos de celular nos quais ela fala sobre acessibilidade, saúde e outras iniciativas políticas -- enquanto levanta peso em sua garagem.

Ela chama a série de 'Reps and Real Talk' (repetições e papo reto, em livre tradução), uma alusão à dupla identidade que a ex-oficial de operações especiais do Exército espera que a leve a uma vitória nas eleições de 2026 e mude seu distrito congressional em Nova York -- um dos mais competitivos politicamente do país -- de republicano para democrata.

Conley faz parte do 'Hellcats', um grupo de quatro mulheres democratas com histórico militar que concorrem ao Congresso nas eleições de meio de mandato do próximo ano. Os democratas precisam virar três cadeiras republicanas para obter a ​maioria na Câmara, o que lhes daria poder de fogo para ⁠frustrar a agenda ⁠legislativa de Trump e investigar seu governo.

As Hellcats, nome que homenageia as primeiras fuzileiras navais da Primeira Guerra Mundial, incluem uma instrutora de exercícios aposentada do Corpo de Fuzileiros Navais, uma ex-piloto de helicóptero da Marinha, uma ex-capitã dos Fuzileiros Navais e uma ex-oficial de operações especiais do Exército.

Elas estão fazendo campanha como um bloco desde o início, inspiradas pelo chamado 'badass caucus', grupo de cinco mulheres democratas com ‌credenciais de segurança nacional que viraram assentos controlados pelos republicanos em 2018.

Ao contrário desse grupo, que se autobatizou depois ​de assumir o cargo, as Hellcats estão se apoiando em sua ‌identidade desde cedo. Elas criaram ​o ​apelido na primavera (no hemisfério norte), após meses de mensagens de texto em um grupo de bate-papo.

Elas enfrentam desafios. Conley, de 40 anos, precisa vencer uma primária lotada em junho em seu distrito suburbano de Nova York antes de enfrentar o congressista Mike Lawler, ​que derrotou um candidato democrata em 2022.

Joanna Mendoza, uma fuzileira naval aposentada que concorre ao Congresso no 6º distrito do Arizona, está atrás do congressista republicano Juan Ciscomani na arrecadação geral de fundos.

Maura Sullivan, que perdeu em uma concorrida primária de New Hampshire em 2018 após se mudar para o Estado em 2017, precisa superar o rótulo de forasteira que perseguiu sua campanha anterior.

A diretora Regional de Comunicações do Comitê Nacional Republicano, Delanie Bomar, disse que nenhuma das democratas pode derrotar 'candidatos testados em batalha, que estão produzindo resultados reais para seus distritos'.

'Se qualquer uma dessas democratas escapar de suas primárias tóxicas, serão forçadas a lidar com seus passados controversos, que variam de oportunismo político à exclusão de tuítes malucos', disse Bomar em um comunicado.

Nas primeiras semanas de campanha, cada uma das Hellcats adotou uma mensagem semelhante: Seu treinamento militar e seu espírito de serviço as tornam excepcionalmente adequadas para romper a disfunção de Washington.

'Os veteranos são focados na ⁠missão', disse Mendoza, de 49 anos. 'Você não pergunta à pessoa à sua esquerda ou à sua direita qual é a filiação ‌política dela. Você trabalha com os problemas, chega ⁠a um acordo e cumpre a missão'.

Estrategistas de campanha afirmam que o histórico das candidatas pode ajudá-las a superar divisões partidárias e neutralizar estereótipos de gênero que, às vezes, perseguem candidatas -- provando que são duras sem sacrificar a ‍simpatia.

Eles apontam para o sucesso de Mikie Sherrill, ex-piloto de helicóptero da Marinha, e Abigail Spanberger, ex-oficial da CIA, que venceram disputas difíceis pelo Congresso em ​Nova ‌Jersey e na Virgínia em 2018.

Ambas foram eleitas governadoras de seus estados no mês passado.

(Reportagem de Helen Coster em Nova York)

Reuters

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