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Guaidó diz que voltará à Venezuela até 2ª, não descarta oferecer garantias para Maduro deixar poder

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Por Lisandra Paraguassu

BRASÍLIA (Reuters) - O autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, disse nesta quinta-feira, em Brasília, que apesar das ameaças planeja voltar para a Venezuela até a próxima segunda-feira e que não tem medo de manter a resistência em seu país, mas deixou aberta em sua fala a possibilidade de uma saída para que Nicolás Maduro deixe o poder, como tem defendido o governo brasileiro.

'O objetivo central de qualquer transição é a governabilidade que permita atender o cidadão. Temos plena consciência de que para gerar governabilidade, gerar garantias para alguns setores é parte do processo', disse Guaidó em entrevista no Palácio do Planalto.

'A perseguição deixa cicatrizes. Mas o que não podemos fazer nesse momento é nós venezuelanos vivermos com ressentimento, porque isso nos mataria.'

Ainda assim, ressaltou, qualquer diálogo com o governo de Maduro só pode existir se for para incluir um caminho para eleições transparentes e livres na Venezuela.

O autodenominado presidente encarregado da Venezuela chegou a Brasília na madrugada desta quinta-feira, vindo da Colômbia, em busca de apoio mais explícito dos países da região, depois do fracasso da operação de ajuda humanitária.

Foi recebido no Palácio do Planalto com a pompa reservada a presidentes eleitos ou autoridades como vice-presidentes: tapete vermelho e guarda presidencial, mas sem a cerimônia de uma visita oficial. Ainda assim, além do que desejavam setores do governo.

Na noite anterior, o porta-voz da Presidência, general Otávio Rego Barros, anunciara o encontro como uma visita 'pessoal' e que Guaidó seria recebido oficialmente no Itamaraty, onde daria entrevista.

A versão atendia os receios dos militares do governo, que preferem não correr o risco de um rompimento definitivo com a governo de Nicolás Maduro e as implicações que isso possa ter para o Brasil, como o fim da venda de energia da Venezuela para o Estado de Roraima.

Na manhã desta quinta, no entanto, Bolsonaro decidiu atender os apelos dos venezuelanos, que esperavam uma demonstração mais forte de apoio por parte do Brasil, como receberam na Colômbia.

Em uma declaração à imprensa ao lado de Guaidó, um momento normalmente reservado a visitas de chefe de Estado ou presidentes eleitos, Bolsonaro afirmou que interessa ao Brasil uma Venezuela 'próspera e democrática' e que era necessário fazer um 'mea-culpa' pelo papel de ex-presidentes brasileiros na situação atual daquele país, em aparente referência aos petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.

'O Brasil estava em um caminho semelhante. Aqui o povo resolveu dar um ponto final ao populismo, à demagogia barata', disse Bolsonaro, acrescentando que os governos de esquerda 'gostavam tanto de pobres que os multiplicaram'.

Em um movimento raro, o governo brasileiro ainda abriu espaço para que Guaidó desse uma entrevista no Palácio do Planalto, no salão reservado a pronunciamentos presidenciais e entrevistas oficiais.

Guaidó agradeceu a recepção que teve no Brasil e afirmou que o encontro 'é um marco para resgatar um relacionamento positivo que beneficie nossa gente não a um grupo político'.

Perguntado se voltaria a Venezuela, já que foi ameaçado pelo governo de Nicolás Maduro, Guaidó afirmou que irá na sexta-feira a Assunção e retornará a Caracas até segunda-feira.

'Como sabem, recebi ameaças pessoais e familiares e também de prisão por parte do regime. Mas isso não vai evitar nosso retorno a Venezuela. Esse final de semana no mais tardar segunda-feira. A resposta do regime não pode continuar sendo perseguição, repressão. Nos próximos dias voltarei a Caracas, apesar das ameaças', declarou.

Insistentemente questionado se a possibilidade de uma intervenção militar ainda estava sendo considerada, apesar de o Grupo de Lima ter afastado essa opção, o autodeclarado presidente interino venezuelano desconversou.

'Todos os mecanismos que nos levem a eleições livres podem ser implementados', disse, acrescentando que todos os cenários de ajuda internacional são possíveis se levarem a eleições livres.

Escrito por Thomson Reuters

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