Há 'amplo apoio' na UE para treinamento militar na Ucrânia após trégua, diz Kallas
Há 'amplo apoio' na UE para treinamento militar na Ucrânia após trégua, diz Kallas
Reuters
29/08/2025
COPENHAGUE (Reuters) - Os ministros da Defesa da União Europeia expressaram 'amplo apoio' à expansão da missão de treinamento militar do bloco para operar dentro da Ucrânia como parte das garantias de segurança no caso de um cessar-fogo, disse a principal diplomata da UE, Kaja Kallas, nesta sexta-feira.
Kallas afirmou que os ministros discutiram o papel da UE nas garantias de segurança para a Ucrânia em uma reunião na capital dinamarquesa, Copenhague, e que 'a Europa pagará integralmente a sua parte'.
Essas garantias têm o objetivo de reforçar as defesas da Ucrânia e dissuadir a Rússia de qualquer ataque futuro. Washington disse que a Europa precisa fornecer a maior parte de tal esforço.
'Saúdo que tenha havido um amplo apoio hoje para expandir o mandato de nossa missão militar da UE para fornecer treinamento e consultoria dentro da Ucrânia após qualquer trégua', declarou Kallas aos repórteres.
'Somos o maior fornecedor de treinamento para as Forças Armadas da Ucrânia. Treinamos mais de 80.000 soldados até agora e precisamos estar prontos para fazer mais', disse Kallas.
'Os ministros deixaram claro que as garantias de segurança para a Ucrânia devem ser robustas e confiáveis', acrescentou.
O esforço da Ucrânia e de seus aliados para acabar com a guerra rendeu pouco, apesar das reuniões do presidente dos EUA, Donald Trump, neste mês com o presidente russo, Vladimir Putin, e com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy.
A Rússia intensificou os ataques aéreos em vilas e cidades ucranianas muito atrás das linhas de frente e promoveu uma ofensiva em grande parte do leste, em um esforço para pressionar a Ucrânia a ceder território.
Uma mudança no mandato da missão da UE exigiria unanimidade entre os 27 Estados membros da UE, o que pode não ser simples. A Hungria tem bloqueado com frequência os esforços da UE para fornecer maior apoio militar à Ucrânia.
Mas Kallas argumentou que estender a missão à Ucrânia seria um sinal importante para os Estados Unidos.
'Precisamos mostrar como estamos assumindo a responsabilidade', disse Kallas.
(Reportagem de Andrew Gray)
Reuters

