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Alckmin teve conversa longa com Lutnick e governo não está fixado em prazo de tarifa, diz Haddad

Alckmin teve conversa longa com Lutnick e governo não está fixado em prazo de tarifa, diz Haddad

Reuters

29/07/2025

Placeholder - loading - Ministro da Fazenda, Fernando Haddad 03/06/2025 REUTERS/Adriano Machado
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad 03/06/2025 REUTERS/Adriano Machado

Atualizada em  29/07/2025

(Reuters) - O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, teve na véspera uma terceira e longa conversa com o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, disse nesta terça-feira o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, dias antes do prazo para a imposição de uma tarifa de 50% de Washington sobre produtos brasileiros.

Falando com jornalistas em Brasília, Haddad também apontou que o governo não está fixado no prazo de 1º de agosto que o presidente dos EUA, Donald Trump, deu para impor a taxa sobre o Brasil, afirmando que a preocupação com uma data poderia inibir que as negociações sejam feitas com 'liberdade e sinceridade'.

'Alckmin tem feito um esforço monumental de conversar com sua contraparte. Ontem mesmo houve a terceira e mais longa conversa que tiveram', disse o ministro.

'Não estou muito fixado na data, porque se ficarmos apreensivos com ela, podemos inibir que a conversa transcorra com mais liberdade e sinceridade entre os dois países. Nós vamos prosperar com as negociações', completou.

Haddad reconheceu que há a possibilidade de os EUA estenderem o prazo estabelecido por Trump para a taxação, mas disse não saber se isso acontecerá, uma vez que a imposição da data pelo presidente norte-americano foi uma ação 'unilateral'.

Ainda de acordo com o ministro, o plano de contingência do governo para caso a tarifa entre em vigor está sendo analisado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva com 'muita tranquilidade', ponderando sobre os 'vários cenários' apresentados a ele.

'Estamos confiantes de que preparamos um trabalho que vai permitir ao Brasil superar esse momento', disse o ministro. 'Quem vai decidir a escala, o montante, a oportunidade, a conveniência e a data é o presidente.'

Ele reiterou que o Brasil não abandonará a mesa de negociação com os EUA.

O governo tem se empenhado em buscar negociações sobre a ameaça tarifária de Trump, mas não tem obtido sucesso até agora, já que não há sinais de que o governo norte-americano possa adiar a implementação da tarifa de 50% sobre a exportação brasileira.

Analistas apontam dificuldades para um entendimento, à medida que Trump vinculou a decisão a questões mais políticas -- como o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF) -- do que comerciais.

(Por Fernando Cardoso)

Reuters

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