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REEDIÇÃO-Ibovespa recua com chance de alta maior e mais rápida de juros nos EUA

Placeholder - loading - Telão na B3 mostra cotações e flutuações do mercado financeiro 28/10/2021 REUTERS/Amanda Perobelli
Telão na B3 mostra cotações e flutuações do mercado financeiro 28/10/2021 REUTERS/Amanda Perobelli

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(Reedita texto do dia 7 de março com sobrenome correto do estrategista da Avenue Securities no 9º parágrafo)

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em queda nesta terça-feira, após o titular do banco central dos Estados Unidos chancelar apostas de uma alta maior e talvez mais rápida da taxa de juros para controlar a inflação na maior economia do mundo.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,45 %, a 104.227,93 pontos. No pior momento, chegou a 103.480,42 pontos, após subir a 105.178,55 pontos na máxima da sessão, pela manhã. O volume financeiro somou 21,1 bilhões de reais.

Em comentários para o Congresso norte-americano, Jerome Powell disse que o Federal Reserve (Fed) provavelmente precisará aumentar a taxa de juros mais do que o esperado.

'Os dados econômicos mais recentes chegaram mais fortes do que o esperado, o que sugere que o nível final dos juros deve ser mais alto do que o previsto anteriormente', disse o chair do banco central norte-americano ao Comitê Bancário do Senado.

Powell ainda afirmou que o Fed está preparado para aumentar o ritmo das altas de juros se 'totalidade' das informações recebidas indicar que um aperto mais rápido se justifica.

'Ele carimbou (as expectativas) de que (o Fed) realmente deve elevar mais a taxa de juros', afirmou Lucas Martins, especialista em renda variável da Blue3, avaliando que as declarações adicionam mais certeza ao que antes era especulação.

Nos EUA, os contratos futuros vinculados ao juro do Fed passaram a precificar uma probabilidade maior de alta de 0,50 ponto percentual na taxa básica na reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Fed nos dias 21 e 22 deste mês.

O mercado passou a embutir uma chance acima de 50% de que o BC norte-americano elevará sua faixa-alvo da taxa básica para 5% a 5,25%, ante atuais 4,5% a 4,75%. Antes do discurso de Powell, essa probabilidade era estimada em cerca de 30%.

Na visão de William Castro Alves, estrategista-chefe da Avenue Securities, esse movimento decorreu principalmente da fala de Powell de que o nível final da taxa de juros provavelmente será maior do que o previsto anteriormente.

'Ele está falando (nesse trecho) que aquela perspectiva que tinha sido dada... aquela taxa terminal de juros onde o Fed poderia parar de aumentar juros talvez seja maior.'

Wall Street fechou em queda após a divulgação do discurso de Powell fomentar prognósticos de mais altas de juros.

No Brasil, agentes financeiros seguem também na expectativa do detalhamento da nova regra fiscal, após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmar na véspera que sua pasta fechou sua contribuição para o desenho do novo arcabouço.

'A principal expectativa do mercado para o mês de março está na apresentação do novo arcabouço de regras fiscais', afirmou a economista-chefe do banco Inter, Rafaela Vitória, em relatório enviado a clientes.

Ela observou que as novas regras podem reduzir o risco do aumento do déficit primário e, consequentemente, do crescimento da dívida/PIB. 'Com redução da incerteza no cenário, o mercado pode ter reação positiva à proposta', avalia.

'Uma proposta crível que leve à sustentabilidade fiscal é condição necessária para que as expectativas de inflação comecem a ceder no médio prazo e permitam ao Banco Central reduzir os juros mais rapidamente', acrescentou XP Investimentos.

A equipe liderada pelo economista Caio Megale e pelo estrategista Andres Pardo reiterou cenário de Selic em 13,75% até o final do ano, mas ponderou que 'uma nova regra fiscal crível e sustentável poderia abrir espaço para flexibilização monetária mais cedo, no segundo semestre deste ano'.

'Haddad prometeu apresentar o novo arcabouço fiscal em março. Analistas de mercado aguardam ansiosamente por ele', afirmaram em relatório a clientes.

DESTAQUES

- PETROBRAS PN caiu 3,31%, a 25,1 reais, em dia de forte queda dos preços do petróleo no exterior e após a petrolífera e a norueguesa Equinor anunciarem que vão estudar possibilidade de instalar um parque eólico em alto mar. No setor, PRIO ON perdeu 3% e 3R PETROLEUM ON cedeu 1,85%, ainda pressionadas também pelo anúncio recente de tributação das exportações de petróleo pelo governo Lula.

- VALE ON caiu 0,95%, a 85,33 reais, revertendo a alta da abertura com a piora do mercado na esteira da fala de Powell. Na máxima da sessão, pela manhã, subiu a 87,4 reais, endossada pela alta dos futuros do minério de ferro nas bolsas de Dalian, na China, e em Cingapura, com o clima mais quente aumentando as expectativas de uma recuperação na demanda por aço e o mercado se concentrando na melhora dos fundamentos do consumo.

- AZUL PN subiu 20,12%, a 12 reais, revertendo as perdas do começo do pregão e mantendo o tom positivo da véspera, quando fechou em alta de quase 40% na esteira de acordo com a maior parte dos arrendadores de aeronaves da empresa. GOL PN avançou 5,67%, também após disparar quase 24% na segunda-feira, depois que a holding Abra, que reúne as operações de Gol e Avianca, fechar o investimento na aérea brasileira.

- CVC BRASIL ON encerrou com elevação de 9,88%, a 3,67 reais, também ampliando os ganhos da véspera, quando saltou mais de 19%. A operadora de viagens disse que está mantendo negociações para 'reperfilamento' de sua dívida, mas negou acordo. Na segunda-feira, a coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo, divulgou que a empresa anunciaria 'nos próximos dias, mais provavelmente amanhã (terça-feira), uma reestruturação de sua dívida de curto prazo'.

- QUALICORP ON valorizou-se 4,16%, a 4,51 reais, dando continuidade aos ajustes da segunda-feira, quando renovou mínima intradia histórica, a 4,18 reais. No setor de saúde, HAPVIDA ON caiu -1,47%, a 2,68 reais, com analistas chamando atenção para dados da Agência Nacional de Saúde (ANS), que mostraram queda de mais de 40 mil vidas em janeiro da Hapvida, pior desempenho do setor.

- BRADESCO PN subiu 2,33%, a 13,6 reais, enquanto ITAÚ UNIBANCO PN fechou com variação negativa de 0,28%, a 24,83 reais. BANCO DO BRASIL ON avançou 2,3%, a 39,6 reais.

- DEXCO ON recuou -6,79%, a 6,18 reais, renovando mínima de fechamento desde maio de 2020. A dona de marcas como Deca e Duratex divulga seu desempenho no quarto trimestre na quarta-feira, após o fechamento do mercado. No final de fevereiro, o Bradesco BBI reiterou recomendação 'neutra' para a ação da Dexco e cortou o preço-alvo da ação a 8 reais, avaliando que a baixa visibilidade das principais variáveis que afetam o consumo de produtos da companhia, por exemplo, altas taxas de juros, endividamento das famílias e aumento do desemprego, continuará prejudicando as margens e o desempenho das ações à frente.

- MOVIDA ON, que não está no Ibovespa, saltou8,88%, a 7,11 reais, mesmo após resultado considerado fraco por analistas no quarto trimestre, com queda em margens em meio a pressão de custos, com o lucro da empresa de aluguel de veículos e gestão de frotas desabando mais de 90%. Na abertura, os papéis chegaram a cair a 6,31 reais, mas depois mudaram de sinal, chegando, à máxima até o momento, a 7,26 reais.

(Por Paula Arend Laier)

Escrito por Reuters

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