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Incertezas econômicas e políticas pesam e contração de serviços no Brasil se intensifica em setembro, mostra PMI

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SÃO PAULO (Reuters) - A queda no número de novos negócios devido às incertezas sobre a questão política e o crescimento da economia aprofundaram a contração do setor de serviços do Brasil, apontou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês), nesta quarta-feira.

Em setembro, o PMI de serviços apurado pelo IHS Markit caiu a 46,4 de 46,8 no mês anterior, uma mínima de 19 meses, ainda mais distante da marca de 50 que separa crescimento de contração.

'As coisas foram de mal a pior para o setor de serviços em setembro... A pesquisa destacou a continuidade de um ambiente operacional desafiador para as empresas, com relatos de tensões políticas pesando sobre a demanda e calotes de clientes', avaliou o economista do IHS Markit Phil Smith.

No terceiro trimestre como um todo, o índice de atividade empresarial chegou a 47,8, menor média trimestral desde o quarto trimestre de 2017.

O IHS Markit explicou que os entrevistados apontaram tensões políticas, fragilidade econômica, demanda fraca e calotes de clientes como fatores para o resultado de setembro.

A quantidade de novos trabalhos demandada aos fornecedores de serviços diminuiu em setembro pela primeira vez em quase um ano devido ao menor número de clientes, depreciação do real, menor poder de compra do consumidor e a campanha eleitoral.

Os esforços contínuos para reduzir os custos levaram a novas reduções de emprego, sendo que das cinco áreas, somente a de Finanças e Seguros registrou criação de vagas de trabalho, de acordo com a pesquisa.

Também pesou sobre a capacidade das empresas de conseguir novos trabalhos o forte aumento nos preços de vendas, cuja taxa de inflação chegou ao pico de 32 meses.

Isso foi resultado do aumento nos preços dos insumos devido aos custos mais elevados do gás, energia, alimentos e combustíveis, além do dólar mais forte.

Setembro ainda registrou perda de confiança entre os fornecedores de serviços do país. Embora permaneça o otimismo de que as condições econômicas irão se normalizar e os investimentos serão retomados após a eleição presidencial, as preocupações com a necessidade de o novo governo lidar com o déficit fiscal e potenciais movimentos de privatização continham o ânimo.

'Muitas empresas estão se atendo às esperanças de que as coisas começarão a melhorar quando as eleições acabarem. Entretanto, não têm ilusões de que as eleições fornecerão um remédio instantâneo, destacando que qualquer novo governo terá a difícil tarefa de encontrar um equilíbrio entre estimular a economia e lidar com o considerável déficit fiscal', completou Smith.

A pressão do setor de serviços e a desaceleração do crescimento da indústria em setembro levaram o PMI Composto do Brasil a cair a 47,3 de 47,8 em agosto, leitura mais baixa desde junho.

Escrito por Thomson Reuters

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