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Campos Neto diz que governo acerta ao perseguir meta fiscal, mesmo que mercado não acredite

Placeholder - loading - Presidente do BC, Roberto Campos Neto, em evento em Brasília Jun 7, 2023. REUTERS/Ueslei Marcelino
Presidente do BC, Roberto Campos Neto, em evento em Brasília Jun 7, 2023. REUTERS/Ueslei Marcelino

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Por Bernardo Caram

(Reuters) - O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta sexta-feira que o governo acerta ao perseguir as metas fiscais definidas pelo novo arcabouço, mesmo que o mercado não acredite que o alvo será alcançado, ressaltando que eventual abandono desse objetivo indicaria que o compromisso com as contas públicas 'não é sério' e pode desorganizar o mercado.

Em evento promovido pela 1618 Investimentos, em São Paulo, Campos Neto afirmou que a política macroeconômica no Brasil se baseia em câmbio flutuante, metas de inflação e controle fiscal, e a perda de controle em um desses componentes impacta os outros.

'É uma decisão muito acertada do governo persistir na meta, ainda que o mercado não acredite, que o mercado entenda que é difícil, e tentar outras formas além das que foram propostas para atingir a meta. A gente tem trabalhado com o governo, estamos bastante alinhados nesse sentido', disse.

Campos Neto notou que o governo tem que 'arrecadar bastante' para atingir as metas traçadas, projetando ser necessário um ganho adicional de receitas de 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, 1,5% do PIB em 2025 e 1,7% do PIB em 2026.

'Às vezes a meta é difícil, pode levar um pouquinho mais de tempo para atingir a meta, mas se você faz um arcabouço e desiste da sua meta antes do primeiro teste, significa que você não é sério sobre aquela dimensão fiscal, e pode desorganizar os preços de mercado', acrescentou, ao dizer que ancorar a política monetária sem uma ancoragem fiscal 'pode ser custoso'.

A nova regra fiscal do governo estabelece uma meta de déficit primário zero em 2024, objetivo que exige esforço de ajuste fiscal significativo e apenas será alcançado se o Congresso aprovar medidas para ampliar a arrecadação, o que tem gerado questionamentos de analistas de mercado.

Na apresentação, o presidente do BC disse que o mercado tem errado 'consistentemente' as previsões de crescimento da atividade, o que pode sugerir que o país está agora com um crescimento estrutural mais alto. Segundo ele, o mercado também 'erra bastante' as previsões para a trajetória da Selic.

Ele reafirmou que as expectativas de inflação no Brasil ainda estão acima da meta, destacando que “ainda temos trabalho a fazer”.

Campos Neto disse que a inflação de serviços começou a desacelerar e os últimos indicadores nessa área vieram um pouco melhores, “mas estamos acompanhando ainda”.

Escrito por Reuters

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