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Inimigos da democracia utilizam comércio como instrumento de coerção e chantagem, diz Lula

Inimigos da democracia utilizam comércio como instrumento de coerção e chantagem, diz Lula

Reuters

21/07/2025

Placeholder - loading - Lula participa de reunião sobre democracia em Santiago 21/07/2025 REUTERS/Pablo Sanhueza
Lula participa de reunião sobre democracia em Santiago 21/07/2025 REUTERS/Pablo Sanhueza

Atualizada em  21/07/2025

Por Lisandra Paraguassu

(Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira que o uso do comércio internacional como 'instrumento de coerção e chantagem' é um ato de 'inimigos da democracia', em uma possível alusão às práticas do governo do presidente norte-americano, Donald Trump, que recentemente anunciou uma tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras para os Estados Unidos.

'A extrema-direita organizada internacionalmente oferece um novo consenso de Washington, ou melhor, dissenso de Washington. Antidemocrático, negacionista e intervencionista', disse Lula em discurso em encontro com a sociedade civil, durante reunião sobre a defesa da democracia, no Chile.

'Os inimigos da democracia não recorrem mais à diplomacia dos tanques e das canhoneiras. Eles controlam os algoritmos, semeiam o ódio e espalham o medo. Promovem uma verdadeira guerra cultural. Utilizam o comércio como instrumento de coerção e chantagem', completou.

Lula defendeu ainda a regulação das plataformas de redes sociais e Big Techs, outro tema mencionado por Trump em sua carta. De acordo com o presidente brasileiro, as sociedades 'estarão sob constante ameaça sem a regulação das plataformas digitais e Big Techs'.

Trump anunciou em carta ao governo brasileiro a imposição de tarifas comerciais de 50% ao Brasil, apesar do país ter déficit comercial com os EUA. No texto, Trump afirmou que as tarifas seriam impostas, entre outros pontos, pelo que classificou de perseguição ao ex-presidente Jair Bolsonaro, processado por envolvimento em tentativa de golpe de Estado após sua derrota eleitoral em 2022.

Ao comentar a recente decisão do presidente norte-americano, Lula disse ter 'certa tranquilidade' porque autoridades do alto escalão de seu governo estão envolvidos nas negociações. O presidente chamou a atenção, ainda, para a necessidade de os empresários brasileiros conversarem com seus correspondentes nos EUA.

'Nós não estamos numa guerra tarifária. A guerra tarifária vai começar na hora que eu der a resposta ao Trump, se não mudar de opinião, porque as condições que o Trump impôs não foram condições, sabe, adequadas', declarou, acrescentando que não cabe a ele interferir na atuação do Supremo Tribunal Federal (STF).

'Quem sou eu para tomar a decisão diante da Suprema Corte? O cidadão que ele defende está sendo julgado por um crime que ele cometeu, que está nos autos do processo, dito por eles próprios, não é por mim.'

(Reportagem de Lisandra Paraguassu, em Brasília)

Reuters

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