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Israel passa a realizar ataques mais letais contra alvos ligados ao Irã na Síria

Placeholder - loading - Funeral de membro do Hezbollah na Síria  13/11/2023   REUTERS/Aziz Taher
Funeral de membro do Hezbollah na Síria 13/11/2023 REUTERS/Aziz Taher

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Por Laila Bassam e Suleiman Al-Khalidi e Maya Gebeily

BEIRUTE/AMÃ (Reuters) - Israel está realizando uma onda sem precedentes de ataques mortais na Síria, tendo como alvo caminhões de carga, infraestrutura e pessoas envolvidas no fornecimento de armas do Irã para seus representantes na região, disseram à Reuters seis fontes com conhecimento direto do assunto.

As fontes, incluindo um oficial da inteligência militar síria e um comandante da aliança regional que apoia Damasco, disseram que Israel mudou de estratégia após o ataque de 7 de outubro dos combatentes do Hamas em território israelense e as campanhas de bombardeio israelenses em Gaza e no Líbano que se seguiram.

Embora Israel tenha atacado alvos ligados ao Irã na Síria durante anos, incluindo áreas onde o grupo armado libanês Hezbollah tem atuado, agora está desencadeando ataques aéreos mais letais e mais frequentes contra transferências de armas iranianas e sistemas de defesa aérea na Síria, segundo as fontes.

O comandante da aliança regional e duas outras fontes familiarizadas com o pensamento do Hezbollah disseram que Israel abandonou as tácitas 'regras do jogo' que anteriormente caracterizavam seus ataques na Síria e parecia 'não ser mais cauteloso' em infligir baixas pesadas ao Hezbollah no país.

'Eles costumavam disparar tiros de advertência - acertavam perto do caminhão, nossos homens saíam do caminhão e, em seguida, acertavam o caminhão', disse o comandante, descrevendo os ataques israelenses contra as transferências de armas realizadas pelo Hezbollah antes de 7 de outubro.

'Agora isso acabou. Israel agora está fazendo ataques aéreos mais mortais e mais frequentes contra as transferências de armas iranianas e os sistemas de defesa aérea na Síria. Eles bombardeiam todos diretamente. Eles bombardeiam para matar.'

A campanha aérea intensificada matou 19 membros do Hezbollah na Síria em três meses - mais do que o dobro do restante de 2023, de acordo com uma contagem da Reuters. Mais de 130 combatentes do Hezbollah também foram mortos por bombardeios israelenses no sul do Líbano no mesmo período.

Os militares israelenses não responderam às perguntas da Reuters sobre a escalada de sua campanha. Uma autoridade sênior israelense, informando os jornalistas sob condição de anonimato, disse que o Hezbollah havia iniciado essa rodada de combates com ataques em 8 de outubro e que a estratégia de Israel era de retaliação.

Questionado no mês passado sobre um suposto ataque israelense na Síria, o chefe militar de Israel disse que as forças israelenses trabalham em toda a região e tomam 'qualquer ação necessária' para mostrar a determinação de Israel em se defender.

Israel começou a atacar alvos ligados ao Irã na Síria há alguns anos, mas fontes familiarizadas com os ataques disseram que parecia evitar matar membros do Hezbollah, se possível.

Um oficial de inteligência regional disse que Israel temia que um alto número de baixas provocasse uma retaliação do Hezbollah no Líbano contra as aldeias israelenses do outro lado da fronteira.

Porém, com as trocas de tiros que ocorrem diariamente após o ataque de 7 de outubro, Israel está disposto a ser 'menos cauteloso e menos contido para matar (representantes do) Hezbollah na Síria', acrescentou o oficial.

Em um discurso televisionado em 5 de janeiro, o líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, disse que o grupo havia perdido 'vários combatentes em bombardeios israelenses na Síria em vários lugares nos últimos três meses'.

Escrito por Reuters

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