JBS melhora indicador de conformidade na compra de gado da Amazônia Legal
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SÃO PAULO (Reuters) -A JBS alcançou 94% de conformidade no índice de compra de gado dos chamados ciclos de auditorias da Amazônia Legal, organizados pelo Ministério Público Federal, disse a empresa nesta quinta-feira.
Segundo a JBS, o índice de conformidade foi o 'melhor resultado até o momento', enquanto a companhia busca alcançar 100%.
A realização das auditorias reflete compromissos assinados pela JBS e outras empresas referentes às condições socioambientais das propriedades das quais os seus animais são adquiridos.
'As empresas que não se adequam e não fazem auditorias estão prejudicando a Amazônia', afirmou o procurador Ricardo Negrini, em nota.
A produção de carne bovina está associada ao desmatamento no Brasil, já que há décadas os grileiros derrubam a floresta amazônica para implantar pastos.
A JBS comentou ainda que esta é a primeira vez que o processo consolida resultados de quatro Estados em que a companhia tem unidades: Pará, Mato Grosso, Rondônia e Acre, além do Amazonas, onde a empresa não tem fábricas.
No Pará, onde já ocorreram cinco ciclos de auditorias, a JBS indicou que melhorou seu índice de conformidade para 94%. No ciclo anterior, a JBS havia atingido 83,27% nesta unidade da federação.
'Estamos satisfeitos com a evolução. Mas nossa meta é atingir 100% de conformidade. O mais importante é que temos clareza sobre os caminhos que devemos tomar para chegar lá', disse a diretora de Sustentabilidade da JBS Brasil, Liège Correia.
A JBS diz utilizar há quase 15 anos um sistema de monitoramento geoespacial para garantir o cumprimento de seus compromissos socioambientais, avaliando diariamente mais de 70 mil potenciais fornecedores de bois no Brasil.
O sistema abrange 61 milhões de hectares, o equivalente a praticamente três vezes o território do Reino Unido, e busca evitar que os fornecedores da JBS atuem em áreas de desmatamento, terras indígenas, unidades de conservação ambiental ou territórios quilombolas. Também é vedada a compra de gado de fornecedores que usem mão de obra análoga à escravidão, ou possuam embargos ambientais.
As auditorias apresentadas hoje se deram sobre o período de 1º de julho de 2020 a 31 de dezembro de 2021 para o Pará, Acre e Rondônia, e para todo o ano de 2021 em Mato Grosso, disse a JBS.
(Por Roberto SamoraEdição Ana Mano)
Escrito por Reuters
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