Menores despesas com calotes fazem lucro ajustado do BB crescer 22,3% no 2º tri
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Por Aluisio Alves
SÃO PAULO (Reuters) - O Banco do Brasil teve alta robusta do lucro no segundo trimestre, apoiado em menores despesas com provisões para calotes, maiores receitas com tarifas e na expansão das receitas com crédito para pessoas físicas.
O banco controlado pelo governo federal anunciou nesta quinta-feira que seu lucro ajustado somou 3,24 bilhões de reais no período, alta de 22,3 por cento ante mesma etapa de 2017. O lucro líquido cresceu 19,7 por cento, a 3,135 bilhões de reais.
O BB seguiu se beneficiando da melhora da qualidade da sua carteira de empréstimos, com o índice de inadimplência acima de 90 dias caindo a 3,34 por cento, ante 3,65 por cento no fim de março e 4,11 por cento um ano antes.
Assim, a provisão do banco para perda esperada com inadimplência, líquida de recuperação, caiu 31,9 por cento no comparativo anual, para 3,58 bilhões de reais. Adicionalmente, o BB reduziu a previsão de perda esperada para o ano nesta linha, do intervalo de 16 bilhões a 19 bilhões para a faixa de 14 bilhões a 16 bilhões de reais.
Em outra frente, o BB viu sua margem financeira líquida crescer 13,4 por cento ano a ano. Embora o preço médio cobrado no crédito oferecido a clientes tenha diminuído na esteira do recuo da Selic, isso foi mais do que compensado por menores custos de captação.
No fim de junho, o estoque de empréstimos do BB no conceito ampliado somava 685,5 bilhões de reais, um aumento de 1,5 por cento em 3 meses, mas queda também de 1,5 por cento ano a ano. Após uma longa sequência de quedas, a carteira de pessoa jurídica teve alta residual, enquanto a do lucrativo segmento de varejo avançou 2,2 por cento em termos sequenciais.
Ao mesmo tempo, as receitas do banco com tarifas subiram 5,7 por cento ano a ano, para 6,8 bilhões de reais. Enquanto isso, as despesas administrativas do trimestre somaram de 8,07 bilhões de reais, alta de 2,6 por cento.
Assim, a instituição teve rentabilidade anualizada sobre o patrimônio líquido de 13,8 por cento de abril a junho, alta de 1 ponto percentual sobre um ano antes e de 0,6 ponto na medição sequencial.
Executivos do BB comentam os resultados do trimestre em reunião com jornalistas no final da manhã desta quinta-feira.
(Por Aluísio Alves)
Escrito por Thomson Reuters
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