Lula e Xi discutem Brics e oportunidades bilaterais em telefonema
Lula e Xi discutem Brics e oportunidades bilaterais em telefonema
Reuters
12/08/2025
BRASÍLIA/PEQUIM (Reuters) - O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o presidente da China, Xi Jinping, discutiram o papel do Brics e negócios bilaterais em uma ligação telefônica, de acordo com nota do Planalto e a mídia estatal chinesa.
Os líderes conversaram por uma hora na segunda-feira, e 'ambos concordaram sobre o papel do G20 e do Brics na defesa do multilateralismo', disse o Planalto.
'Ambos os presidentes também destacaram sua disposição em continuar identificando novas oportunidades de negócios entre as duas economias', completou a nota.
Em entrevista à Reuters na última quarta-feira, Lula afirmou que, como presidente do Brics até o final deste ano, falaria com vários presidentes sobre o tema. Ao ser perguntado se estaria havendo uma articulação entre os países do Brics, respondeu: 'Ainda não tem, mas vai ter.'
Desde então o presidente brasileiro falou com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, e recebeu um telefonema do presidente da Rússia, Vladimir Putin.
Xi chamou o Brics de uma plataforma fundamental para a construção de consenso no Sul Global e disse que a China está pronta para trabalhar com o Brasil para dar exemplo de unidade e autossuficiência entre as principais nações do Sul Global, informou a mídia estatal chinesa Xinhua.
O comércio agrícola tem destaque nas relações entre a China e o Brasil.
A China, maior importador de soja do mundo, obtém a maior parte da commodity do Brasil e, recentemente, várias empresas brasileiras de café entraram no mercado chinês depois que o setor foi atingido por tarifas pesadas dos Estados Unidos.
Na semana passada, a China também demonstrou apoio ao Brasil na resistência ao 'comportamento intimidador' de impor tarifas excessivas, sem citar o nome dos EUA.
Xi descreveu os laços entre os dois países como 'os melhores da história', e disse que ambos deveriam trabalhar juntos para enfrentar os desafios globais e promover a solução política da crise da Ucrânia, disse a Xinhua.
(Reportagem de Lisandra Paraguassu em Brasília, Sarah Morland na Cidade do México e Liz Lee em Pequim)
Reuters

