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Manifestantes pedem renúncia de presidente húngara por indulto dado em caso de abuso sexual

Placeholder - loading - Manifestantes pedem a renúncia da presidente da Hungria, Katalin Novak, em Budapeste 09/02/2024 REUTERS/Bernadett Szabo
Manifestantes pedem a renúncia da presidente da Hungria, Katalin Novak, em Budapeste 09/02/2024 REUTERS/Bernadett Szabo

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Por Boldizsar Gyori

BUDAPESTE (Reuters) - Pelo menos mil pessoas protestaram nesta sexta-feira na capital da Hungria exigindo a renúncia da presidente da nação, Katalin Novak, por sua decisão de perdoar um homem condenado como cúmplice por ajudar a acobertar um caso de abuso sexual ocorrido em um orfanato. Novak decidiu dar indulto a cerca de duas dúzias de pessoas em abril de 2023, antes da visita do papa Francisco ao país, entre eles o vice-diretor de um orfanato que ajudou o ex-diretor do local a acobertar seus crimes. O diretor foi condenado a oito anos de prisão por abusar sexualmente de vários garotos entre 2004 e 2016. O vice-diretor recebeu uma pena de mais de três anos. Partidos de oposição exigem a renúncia de Novák, que é aliada do primeiro-ministro conservador, Viktor Orbán, de quem já foi ministra da Família. A presidente afirmou na terça-feira que nunca perdoaria um pedófilo, incluindo neste caso. Ela disse que sua motivação não era pública e que todos os indultos são polêmicos por natureza. Seu gabinete não respondeu aos questionamentos feitos pela Reuters. Orbán, que tenta agora conter o custo político do escândalo e cujo partido -- o Fidesz -- está iniciando campanha para as eleições do Parlamento Europeu, em junho, submeteu uma Emenda Constitucional ao Parlamento na quinta-feira, tirando da presidente o direito de perdoar crimes contra crianças. “A decisão de indulto da presidente da república trouxe um debate. O debate precisa ser concluído de uma forma que tranquilize todos os húngaros”, diz o texto do projeto de lei. Novák afirmou que está disposta a assinar a emenda e transformá-la em lei. Mas manifestantes marcharam até seu gabinete, em Budapeste, e disseram que a única saída aceitável é a sua renúncia. “A renúncia seria a única coisa certa a se fazer”, disse Bela Sedan, de 53 anos, que trabalha como carpinteira. “Alguém que comete um erro desses deve sair fora e não me representar como presidente da República Húngara.” (Reportagem de Boldizsar Gyori)

Escrito por Reuters

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