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Ministro de Relações Exteriores do Paraguai renuncia após repercussão de acordo de energia com Brasil

Placeholder - loading - Luis Castiglioni, que renunicou ao cargo de chanceler do Paraguai 15/04/2019 REUTERS/Jorge Adorno
Luis Castiglioni, que renunicou ao cargo de chanceler do Paraguai 15/04/2019 REUTERS/Jorge Adorno

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Por Daniela Desantis

ASSUNÇÃO (Reuters) - O ministro das Relações Exteriores paraguaio e outras três autoridades renunciaram nesta segunda-feira em meio a um crescente escândalo por conta da assinatura de um acordo de energia com o Brasil, num revés para o presidente Mario Abdo, que sempre buscou laços próximos com o vizinho e principal economia da América do Sul.

O escândalo foi provocado por um acordo energético relacionado à gigante hidrelétrica Itaipu, que se estende pelos dois países, que segundo autoridades e parlamentares seria enormemente prejudicial ao Paraguai e custaria ao Estado cerca de 200 milhões de dólares.

O acordo foi assinado em maio, mas foi revelado ao público apenas na semana passada.

O Brasil e o Paraguai são parceiros em Itaipu, a maior usina hidrelétrica do mundo.

'O presidente acabou de receber as cartas de renúncia... Ele tomou a decisão de aceitar as renúncias e durante a semana comunicará quem irá substituir essas pessoas', disse o assessor presidencial Hernán Huttemann a jornalistas.

O ministro das Relações Exteriores, Luis Castiglioni, havia anunciado horas antes de sua renúncia que o Paraguai pediria ao Brasil a suspensão do acordo, que estabelece um cronograma para a compra de energia da usina hidrelétrica até 2022.

Os três outros que entregaram seus cargos nesta segunda-feira são Alcides Jiménez, que havia assumido como diretor da empresa estatal de energia ANDE há apenas dois dias; Hugo Saguier, o embaixador do Paraguai no Brasil, e José Alderete, o diretor paraguaio de Itaipu.

O ex-diretor da ANDE Pedro Ferreira, um aliado próximo do presidente paraguaio, renunciou na semana passada após se recusar a assinar o documento, dizendo que o acordo aumentaria os custos da empresa estatal em mais de 200 milhões de dólares.

Parlamentares de oposição haviam dito que o acordo ia contra a soberania do país.

O Congresso paraguaio exigiu nesta segunda-feira uma explicação do governo, enquanto autoridades da ANDE se manifestaram na frente da sede do Legislativo com cartazes e faixas que diziam que 'Não haverá paz enquanto a Constituição for violada'.

O governo de Abdo, que mantém uma relação próxima com o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, disse que a decisão foi finalmente tomada através de canais diplomáticos depois do fracasso das negociações entre os técnicos estatais.

Paraguai e Brasil se preparam para negociar o futuro de Itaipu com um importante anexo ao seu tratado de fundação, que expira em 2023.

Escrito por Reuters

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