Capa do Álbum: Antena 1
A Rádio Online mais ouvida do Brasil
Antena 1
Ícone seta para a esquerda Veja todas as Notícias.

Toffoli libera especial de Natal do Porta dos Fundos

Placeholder - loading - Presidente do STF, Dias Toffoli 10/12/2019 REUTERS/Adriano Machado
Presidente do STF, Dias Toffoli 10/12/2019 REUTERS/Adriano Machado

Publicada em  

Atualizada em  

Por Ricardo Brito

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, atendeu a pedido da Netflix e liberou na noite desta quinta-feira a veiculação do especial de Natal produzido pelo Porta dos Fundos, derrubando decisão tomada na véspera por um desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

A empresa havia alegado que houve 'censura judicial' na decisão do desembargador Benedicto Abicair que proibiu a divulgação do programa humorístico do Porta dos Fundos que faz paródia sobre a história de Jesus Cristo.

A sede da produtora do Porta dos Fundos no Rio de Janeiro foi alvo de atentado com coquetel molotov pouco antes da virada do ano, após a veiculação do programa.

O desembargador do Rio havia destacado em sua decisão que a exibição do especial do Porta dos Fundos poderia causar mais danos à sociedade brasileira se continuasse sendo exibido.

No recurso, com pedido de liminar, a Netflix afirmou que a Constituição Federal veda quaisquer formas de censura e restrições não previstas à liberdade de expressão. Há diversos casos julgados pela corte que destacam esse princípio, citou a defesa da empresa.

'A decisão proferida pelo TJ-RJ tem efeito equivalente ao da bomba utilizada no atentado terrorista à sede do Porta dos Fundos: silencia por meio do medo e da intimidação', disseram os advogados da empresa no pedido ao STF.

Na mais recente decisão, o presidente do STF destacou que a liberdade de expressão é 'condição fundamental do indivíduo e corolário do regime democrático'.

'Não se descuida da relevância do respeito à fé cristã (assim como de todas as demais crenças religiosas ou a ausência dela). Não é de se supor, contudo, que uma sátira humorística tenha o condão de abalar valores da fé cristã, cuja existência retrocede há mais de 2 (dois) mil anos, estando insculpida na crença da maioria dos cidadãos brasileiros', afirmou Toffoli.

O ministro do Supremo, que tomou a decisão durante o recesso do Judiciário, concedeu liminar para suspender os efeitos da decisão anterior, sem prejuízo de nova análise do relator original do caso, ministro Gilmar Mendes.

Escrito por Reuters

Últimas Notícias

  1. Home
  2. noticias
  3. netflix recorre ao stf para …

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência.