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Papa Leão critica líderes que invocam religião para violência e nacionalismo

Papa Leão critica líderes que invocam religião para violência e nacionalismo

Reuters

18/12/2025

Placeholder - loading - Papa Leão no Vaticano  17/12/2025   REUTERS/Ciro De Luca
Papa Leão no Vaticano 17/12/2025 REUTERS/Ciro De Luca

Por Joshua McElwee

CIDADE DO VATICANO, 18 Dez (Reuters) - O papa Leão 14 criticou nesta quinta-feira os líderes políticos que invocam crenças religiosas para justificar conflitos ou políticas nacionalistas, chamando isso de uma forma de blasfêmia, ou um pecado grave que desrespeita ou insulta Deus.

Leão, o primeiro papa dos EUA, não citou o nome de líderes específicos na mensagem divulgada antes do Dia Mundial da Paz da Igreja Católica, celebrado em 1º de janeiro, mas conclamou os religiosos a resistirem a tais usos da fé.

'Infelizmente, tem se tornado cada vez mais comum arrastar a linguagem da fé para as batalhas políticas, abençoar o nacionalismo e justificar a violência e a luta armada em nome da religião', disse o papa.

'Os fiéis devem refutar ativamente, sobretudo pelo testemunho de suas vidas, essas formas de blasfêmia que profanam o santo nome de Deus', afirmou ele.

Leão também alertou contra o uso da inteligência artificial na guerra na mensagem de quatro páginas, emitida anualmente pelo líder da Igreja de 1,4 bilhão de seguidores.

'Há uma tendência crescente entre os líderes políticos e militares de se esquivarem da responsabilidade, com as decisões sobre a vida e a morte cada vez mais 'delegadas' às máquinas', disse ele.

'Isso marca uma traição sem precedentes e destrutiva dos princípios legais e filosóficos do humanismo que fundamentam e protegem toda civilização.'

Leão, eleito pelos cardeais do mundo em maio para suceder o falecido papa Francisco, falou várias vezes em seu primeiro ano sobre os desafios impostos pela IA.

Ele também condenou a violência em nome da religião em sua primeira viagem ao exterior como papa, dizendo aos líderes cristãos do Oriente Médio durante uma viagem à Turquia no mês passado que eles devem 'rejeitar veementemente o uso da religião para justificar a guerra, a violência ou qualquer forma de fundamentalismo'.

Na nova mensagem, o papa também lamentou um aumento global nos gastos militares, citando números do Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo, segundo os quais os gastos militares mundiais aumentaram 9,4% em 2024, atingindo um total de US$2,7 trilhões, ou 2,5% do PIB global.

Leão alertou contra uma 'lógica de confronto (que) agora domina a política global, aprofundando a instabilidade e a imprevisibilidade dia após dia'.

Reuters

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