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Maia diz que visita de Pompeo não condiz com boa prática diplomática; Ernesto Araújo rebate

Placeholder - loading - Presidente da Câmara, Rodrigo Maia 11/09/2020 REUTERS/Adriano Machado
Presidente da Câmara, Rodrigo Maia 11/09/2020 REUTERS/Adriano Machado

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BRASÍLIA (Reuters) - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou na sexta-feira que a visita do secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, a local próximo da fronteira com a Venezuela não condiz com a 'boa prática diplomática'.

Neste sábado, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, procurou rebater as declarações do deputado.

Para o presidente da Câmara, a presença de Pompeo em instalações de operação de acolhimento a migrantes venezuelanos em Roraima afronta a herança da diplomacia brasileira de 'altivez' e convívio pacífico com os países vizinhos.

'A visita do secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, nesta sexta-feira, às instalações da Operação Acolhida, em Roraima, junto à fronteira com a Venezuela, no momento em que faltam apenas 46 dias para a eleição presidencial norte-americana, não condiz com a boa prática diplomática internacional e afronta as tradições de autonomia e altivez de nossas políticas externa e de defesa', disse Maia em nota.

O deputado afirmou ter a obrigação, como presidente da Câmara, de reiterar os princípios listados pela Constituição que orientam as relações internacionais do país, como a independência nacional, a autodeterminação dos povos, a não-intervenção e a defesa da paz.

Em nota, Araújo afirmou que as declarações de Maia baseiam-se em 'informações insuficientes e interpretações equivocadas'.

Defendendo a parceria entre Brasil e Estados Unidos, que estão entre os países que reconhecem o líder de oposição Juan Guaidó como presidente legítimo da Venezuela e não o presidente Nicolás Maduro, Araújo afirmou que 'o povo brasileiro preza pela sua própria segurança, e a persistência na Venezuela de um regime aliado ao narcotráfico, terrorismo e crime organizado ameaça permanentemente essa segurança'.

'Não há 'autonomia e altivez' em ignorar o sofrimento do povo venezuelano ou em negligenciar a segurança do povo brasileiro', acrescentou o chanceler.

'Buscar a paz não significa acovardar-se diante de tiranos e criminosos. A independência nacional não significa rejeitar parcerias que nos ajudem a defender nossos interesses mais urgentes e nossos valores mais caros', disse ainda Araújo.

Dezenas de milhares de venezuelanos cruzaram a fronteira do Estado brasileiro de Roraima nos últimos anos, fugindo da turbulência econômica e política em seu país.

A economia da Venezuela tem estado em declínio e há ondas periódicas de protestos contra o governo Maduro, de esquerda.

O governo de Roraima declarou o fluxo de imigração como uma crise social e pediu ao governo federal do Brasil para fechar a fronteira, o que não ocorreu por razões humanitárias.

(Reportagem de Maria Carolina Marcello e Aluisio Alves)

Escrito por Reuters

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