Permanecer com um mesmo médico diminui taxa de mortalidade

Um estudo britânico publicado na revista médica BMJ Open atestou que pacientes que permanecem com um mesmo médico durante anos apresentam menor risco de morte.

Os benefícios apareceram em diferentes culturas e sistemas de saúde, e se aplicam às visitas ao clínico geral ou mesmo a especialistas. Mas a continuidade dos cuidados é particularmente benéfica para pacientes com condições crônicas, problemas de saúde mental a longo prazo e necessidades complexas.

Foram analisados os resultados de 22 estudos em nove países e o contato com o mesmo médico durante cerca de dois anos significou menos mortes ao longo dos períodos avaliados em comparação com outros pacientes.

Mas, para muitos, permanecer com um mesmo especialista não é tão viável. Isso por causa do trabalho e outras atividades cotidianas, que fazem com que as pessoas troquem de médico com frequência. Outro problema é a troca de plano de saúde, que pode não ser aceito pela clínica ou hospital pelo qual o médico atende.

De acordo com Philip Evans, um dos autores da pesquisa, ao recorrer ao mesmo especialista, a comunicação é melhor e o médico entende as necessidades do paciente porque o acompanha a mais tempo.

Na Inglaterra, muitas clínicas já estão buscando melhorar essa comunicação entre paciente e médico. Por lá, uma equipe de profissionais é designada para que o acesso aos registros médicos seja facilitado, sendo possível construir uma relação mais próxima, melhorando o tratamento.

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