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Petrobras quer voltar a produzir fertilizantes e ser 'player' em gás na Bolívia

Placeholder - loading - Tanques de combustível da Petrobras, em Brasília 17/06/2022 REUTERS/Ueslei Marcelino
Tanques de combustível da Petrobras, em Brasília 17/06/2022 REUTERS/Ueslei Marcelino

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Por Marta Nogueira e Roberto Samora

RIO DE JANEIRO (Reuters) -A Petrobras deverá terminar ainda neste mês estudo de viabilidade econômica para a retomada da unidade industrial de fertilizantes nitrogenados do Paraná (Ansa), o que deverá marcar a reentrada da companhia no segmento, afirmou nesta sexta-feira o presidente da companhia, Jean Paul Prates.

A expectativa é que, ao ser tomada a decisão, a operação da Ansa possa ser iniciada em cerca de oito meses, segundo o executivo.

A Ansa está hibernada atualmente e tem capacidade de produção de 1.975 toneladas por dia de uréia e 1.303 toneladas por dia de amônia.

'Esse passo, embora pareça pequeno, é muito importante porque ele representa a reentrada da Petrobras na fabricação de fertilizantes', disse Prates.

A Ansa, segundo executivos da Petrobras, tem uma vantagem competitiva de que não precisa do gás natural como matéria-prima e está localizada ao lado da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), podendo aproveitar sinergias.

A Petrobras tentou vender a unidade anteriormente, com o processo chegando à fase vinculante, mas as negociações não chegaram a ser concluídas.

Prates afirmou que a empresa também avalia investimentos em outras unidades de fertilizantes, e que o retorno da empresa para o segmento -- que havia sido descartado em gestões anteriores enquanto a companhia focava em atividades mais lucrativas como o pré-sal -- seguirá uma ótica 'modernizada' e em linha com a 'sustentabilidade'.

RETOMADA ESTRATÉGICA

O executivo destacou que o investimento em fertilizantes ganhou importância estratégica para o Brasil e para a companhia, após uma crise de abastecimento gerada com a guerra na Ucrânia.

'A gente se viu bastante vulnerável em relação a esse insumo importante para a nossa produção agrícola. Nós temos competitividade, temos condição de buscar novas oportunidades, outras fábricas de fertilizantes baseadas no gás também estão sendo analisadas.'

A retomada de investimentos em fertilizantes, segundo Prates, será feita com 'muita consciência e muita certeza de que é um negócio estratégico, principalmente na transição energética'.

A Petrobras também analisa a retomada do projeto de fertilizantes nitrogenados de Três Lagoas (MS), cujas obras estão paradas há alguns anos. Nesse caso, o diretor executivo de Processos Industriais e Produtos, William França, disse que a companhia está avaliando cronograma e viabilidade econômica.

França destacou que essa unidade está com sua construção 80% completa. A unidade, destacou o executivo, fica muito próxima ao gasoduto Brasil-Bolívia, o que seria importante para viabilizar a matéria-prima.

A Petrobras arrendou fábricas de fertilizantes nitrogenados da Bahia (Fafen-BA) e de Sergipe (Fafen-SE) para a Unigel, com quem negocia algumas opções, incluindo projeto relacionado a hidrogênio verde.

'Estamos tentando diante dessa nova disponibilidade da Petrobras na questão de fertilizantes, procurando para juntar esforços com eles e eventualmente até incluir hidrogênio verde', afirmou o CEO.

A Petrobras e Unigel assinaram em junho acordo de confidencialidade não vinculante com vigência de dois anos para analisar negócios conjuntos nas áreas de fertilizantes, hidrogênio verde e projetos de baixo carbono.

GÁS NA BOLÍVIA

Durante a entrevista, Prates destacou ainda que a empresa tem 'muito interesse em voltar a ser um player importante na Bolívia, sobretudo na produção de gás natural'.

O CEO afirmou que o país vizinho tem reservas de gás que, devido a circunstâncias internas, sofreram com a queda de investimentos e consequentemente com a redução na produção do insumo.

'Nós consideramos que é interessante avaliar áreas da Bolívia desde que haja conversas, composições, construções de maneira a melhorar um pouco o ambiente fiscal e contratual', disse Prates.

Nesta sexta-feira, executivos da Petrobras estão em reunião com representantes bolivianos em Brasília avaliando oportunidades.

(Por Marta Nogueira e Roberto Samora)

Escrito por Reuters

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