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PF prende ex-bombeiro acusado de participar de assassinato de Marielle após delação

Placeholder - loading - Homenagem a Marielle Franco em prédio de São Paulo 14/03/2023 REUTERS/Amanda Perobelli
Homenagem a Marielle Franco em prédio de São Paulo 14/03/2023 REUTERS/Amanda Perobelli

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(Reuters) -A Polícia Federal prendeu nesta segunda-feira o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa sob acusação de participação no assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco, em 2018, após outro acusado de envolvimento no crime, o ex-policial militar Élcio de Queiroz, ter firmado um acordo de delação premiada, afirmou o ministro da Justiça, Flávio Dino.

Em entrevista coletiva em Brasília, Dino também disse que com as informações dadas por Queiroz e com as provas colhidas no cumprimento de sete mandados de busca e apreensão pela Polícia Federal nesta segunda-feira, há elementos para determinar os mandantes do crime e que, nas próximas semanas, novas operações sobre o caso deverão ocorrer.

'Tivemos uma delação, uma colaboração premiada do senhor Élcio de Queiroz... Essa delação foi já homologada judicialmente', disse Dino, acrescentando que a colaboração foi firmada há cerca de 15 dias com Queiroz, que é acusado de dirigir o carro usado no crime.

'Certos detalhes da investigação sobre os quais pairavam dúvidas, a partir da delação do senhor Élcio, essas dúvidas se acham removidas', acrescentou.

Segundo Dino, Queiroz confessou sua participação no crime, além de apontar a participação do policial militar reformado Ronnie Lessa, apontado como autor dos disparos, e de Maxwell, preso nesta segunda. O ministro disse que as circunstâncias da execução do crimes estão esclarecidas.

De acordo com o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, o ex-bombeiro teria realizado atividades de vigilância e monitoramento de Marielle além de apoio logístico para a execução do assassinato. 'Houve participação dele na ocultação de provas', afirmou.

A Reuters não conseguiu localizar de imediato as defesas de Queiroz e Corrêa.

Na entrevista coletiva, Dino lembrou que, em fevereiro, a PF assumiu as investigações sobre o caso e desde então, de acordo com ele, foram colhidas provas que determinaram 'de forma inequívoca' as participações de Queiroz e Lessa, e que isso levou à delação do ex-policial militar.

'Não há de forma alguma a informação de que a investigação se acha concluída, pelo contrário... Há elementos para outro patamar, qual seja a identificação dos mandantes do crime', afirmou o ministro.

'Posso afirmar aos senhores que haverá novos passos', garantiu Dino, acrescentando que 'sem dúvida há a participação de outras pessoas'. O ministro revelou ainda que 'é indiscutível' que o caso está relacionado a 'organizações criminosas e milicianas que atuam no Rio de Janeiro'.

Dino afirmou que a Polícia Penal Federal participou das negociações para a delação de Queiroz, que assim como Lessa está preso no sistema penitenciário federal.

Dino disse que os termos da delação premiada de Queiroz permanecem sob sigilo de Justiça, mas assegurou que o policial militar permanecerá preso em regime fechado e que ele recebeu como benefício pela colaboração garantias de segurança.

Marielle e seu motorista, Anderson Gomes foram assassinados em um atentado no Rio de Janeiro, há mais de cinco anos. Desde então, Lessa e Queiroz foram presos, mas até o momento as investigações não apontaram um mandante para o assassinato e nem sua motivação.

(Por Eduardo SimõesEdição de Pedro Fonseca)

Escrito por Reuters

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